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Soma mais do que dobra lucro no segundo tri, para R$ 130,8 milhões

Aumento de receita impulsionado pela volta ao varejo físico e ao canal de atacado contribuíram para o resultado

Companhia dona de marcas como Farm e Animale registra expansão no período, beneficiada por consumo de público de renda menos vulnerável à inflação (Farm/Divulgação)
KS

Karina Souza

Publicado em 10 de agosto de 2022 às 19h56.

Última atualização em 10 de agosto de 2022 às 20h07.

O Grupo Soma mais do que dobrou o lucro líquido no segundo trimestre deste ano, totalizando R$ 130,8 milhões – valor ajustado pelo impacto de valores justos relacionados à combinação dos negócios, além de atualização monetária de crédito e imposto de renda sobre os ajustes.

A receita líquida no trimestre ficou em R$ 1,23 bilhão aumento de 40,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. A maior parte do faturamento, ao contrário dos meses anteriores, não veio da Hering. A companhia adquirida gerou R$ 557,7 milhões em receita bruta, enquanto as demais empresas somaram R$ 818,6 milhões.

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A explicação para o crescimento das vendas ex-Hering no balanço está na retomada do varejo físico (aumento de 107% na comparação anual) e do canal de atacado, em que as marcas ganharam share (55% ante o segundo trimestre de 2021). Além disso, o Soma se beneficia de vender para um público menos vulnerável às oscilações de inflação.

As despesas no período foram de R$ 516,1 milhões, aumento de 46,3% na comparação com o mesmo período do ano passado, refletindo os gastos com a companhia adquirida dentro do portfólio.

Todas as linhas de gastos cresceram, mas a de “Outras Despesas” é a que registra maior variação percentual no período, com aumento de mais de 300% ante o ano anterio, totalizando R$ 34,7 milhões. De acordo com os dados do balanço, foi impactada por dois efeitos não comparáveis com o segundo trimestre de 2021. O primeiro é a provisão de PLR do ano de 2022 e o segundo é a provisão de Plano de Incentivo de Longo Prazo, que foi aprovado a partir deste exercício. Ambos somaram R$ 19,2 milhões.

O Ebitda no período foi de R$ 210,5 milhões, ante R$ 110,4 milhões no segundo trimestre do ano passado. A margem Ebitda foi de 17,5%, com aumento de 4,5 pontos percentuais na comparação anual, “fruto e uma forte alavancagem operacional”, afirma a empresa.

O resultado financeiro passou de uma receita de R$ 4,1 milhões para uma despesa de R$ 33,7 milhões no período.

A companhia encerrou o período com dívida líquida de R$ 716,1 milhões e alavancagem de 1,19 vez.

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