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Sob Ilan, BC já reduziu posição de swaps em US$ 7,5 bilhões

Desde o início de julho, Banco Central já reduziu a posição em swaps cambiais em US$ 7,5 bilhões, sob o comando de Ilan Goldfajn

Ilan Goldfajn: BC passou a ofertar apenas 10 mil contratos de swap reverso e vem reduzindo posição vendida (Agência Brasil/Marcelo Camargo)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2016 às 11h14.

Brasília - Desde que assumiu o comando do Banco Central há pouco mais de um mês, Ilan Goldfajn já reduziu o estoque de swaps cambiais em US$ 7,5 bilhões, por meio de intervenções diretas no mercado de dólar .

De 1º de julho para esta sexta-feira, dia 22, foram realizados 15 leilões de swap cambial reverso (equivalentes à compra de dólares no mercado futuro), sendo que, neste período, apenas no dia 8 o BC não atuou.

Com lotes diários de apenas 10 mil contratos de swap reverso (US$ 500 milhões), o BC vem reduzindo, gradativamente, sua posição vendida em swaps, sem influenciar excessivamente os preços no mercado de câmbio.

Em todas as operações de reverso os prazos até agora foram os mesmos: 1º de setembro e 3 de outubro.

Para setembro, por exemplo, estão previstos vencimentos de 223 mil contratos de swaps (cerca de US$ 11 bilhões) e o BC já comercializou a "contraparte" de 150 mil papéis.

Se continuar com esse ritmo até o fim do mês (com exceção do dia 29, último dia útil de julho, quando não costumam ocorrer leilões), o BC praticamente zera sua posição de setembro, deixando um resíduo de pouco mais de 30 mil papéis.

Assim, a posição vendida de swaps do BC, que já esteve acima dos US$ 100 bilhões, agora está praticamente na metade disso, em cerca de US$ 55 bilhões. Neste período de intervenções por meio de swap reverso, a cotação do dólar à vista passou da faixa de R$ 3,21 para a de R$ 3,28.

Sabe-se no Banco Central que a redução dessa posição vendida traz pelo menos duas vantagens.

Primeiro, reduz o risco de que, com uma disparada do dólar ante o real, surjam prejuízos com o swap - como, aliás, ocorreu no passado. Segundo, melhora a percepção em relação ao Brasil, inclusive entre as agências globais de risco, que passam a enxergar uma posição em swaps menor.

Pela dinâmica recente de leilões, o BC vai reduzindo pouco a pouco a posição vendida em swaps tradicionais, evitando que, no momento de vencimento dos contratos, ocorra uma retirada abrupta de recursos do sistema, o que poderia impactar as cotações.

"A regra no BC parece ser a de recomprar gradativamente, sem ruídos e sem intervenções surpresas. Isso é bem visto pelo mercado, porque dá previsibilidade", comentou o operador da H.Commcor DTVM, Kleber Alessie Machado, de São Paulo. "Como o dólar caiu bastante, o BC aproveita para comprar (moeda por meio do swap reverso)."

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Brasília - Desde que assumiu o comando do Banco Central há pouco mais de um mês, Ilan Goldfajn já reduziu o estoque de swaps cambiais em US$ 7,5 bilhões, por meio de intervenções diretas no mercado de dólar .

De 1º de julho para esta sexta-feira, dia 22, foram realizados 15 leilões de swap cambial reverso (equivalentes à compra de dólares no mercado futuro), sendo que, neste período, apenas no dia 8 o BC não atuou.

Com lotes diários de apenas 10 mil contratos de swap reverso (US$ 500 milhões), o BC vem reduzindo, gradativamente, sua posição vendida em swaps, sem influenciar excessivamente os preços no mercado de câmbio.

Em todas as operações de reverso os prazos até agora foram os mesmos: 1º de setembro e 3 de outubro.

Para setembro, por exemplo, estão previstos vencimentos de 223 mil contratos de swaps (cerca de US$ 11 bilhões) e o BC já comercializou a "contraparte" de 150 mil papéis.

Se continuar com esse ritmo até o fim do mês (com exceção do dia 29, último dia útil de julho, quando não costumam ocorrer leilões), o BC praticamente zera sua posição de setembro, deixando um resíduo de pouco mais de 30 mil papéis.

Assim, a posição vendida de swaps do BC, que já esteve acima dos US$ 100 bilhões, agora está praticamente na metade disso, em cerca de US$ 55 bilhões. Neste período de intervenções por meio de swap reverso, a cotação do dólar à vista passou da faixa de R$ 3,21 para a de R$ 3,28.

Sabe-se no Banco Central que a redução dessa posição vendida traz pelo menos duas vantagens.

Primeiro, reduz o risco de que, com uma disparada do dólar ante o real, surjam prejuízos com o swap - como, aliás, ocorreu no passado. Segundo, melhora a percepção em relação ao Brasil, inclusive entre as agências globais de risco, que passam a enxergar uma posição em swaps menor.

Pela dinâmica recente de leilões, o BC vai reduzindo pouco a pouco a posição vendida em swaps tradicionais, evitando que, no momento de vencimento dos contratos, ocorra uma retirada abrupta de recursos do sistema, o que poderia impactar as cotações.

"A regra no BC parece ser a de recomprar gradativamente, sem ruídos e sem intervenções surpresas. Isso é bem visto pelo mercado, porque dá previsibilidade", comentou o operador da H.Commcor DTVM, Kleber Alessie Machado, de São Paulo. "Como o dólar caiu bastante, o BC aproveita para comprar (moeda por meio do swap reverso)."

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