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Sem uma ação concreta do G-20, bolsas em NY perdem

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam em baixa, pressionados por preocupações em relação à crise de confiança nas dívidas soberanas da zona do euro, principalmente depois de os países do G-20, o grupo das 20 maiores economias do mundo, terem encerrado uma reunião de cúpula sem apresentar […]

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2011 às 18h24.

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam em baixa, pressionados por preocupações em relação à crise de confiança nas dívidas soberanas da zona do euro, principalmente depois de os países do G-20, o grupo das 20 maiores economias do mundo, terem encerrado uma reunião de cúpula sem apresentar propostas concretas para resolver o problema da região.

"Os mercados querem subir, mas as questões da Europa são um peso constante", disse Reed Choate, gerente de carteiras de investimento da Neville, Rodie & Shaw, que gerencia US$ 1,2 bilhão em ativos. "Pode faltar clareza até pelo menos o início do ano que vem", acrescentou.

A preocupação com a Europa ofuscou até mesmo os dados relativamente positivos do mercado de trabalho dos EUA, o payroll. Segundo o indicador, a economia norte-americana criou 80 mil empregos no mês de outubro, mas o número ficou abaixo daquele que vários economistas previam, que era de 100 mil novos postos de trabalho, em média. A taxa de desemprego, no entanto, encolheu 0,1 ponto porcentual, para 9,0%, enquanto a expectativa era de estabilidade.


O Dow Jones caiu 61,23 pontos, ou 0,51%, para 11.983,24 pontos. O Nasdaq teve baixa de 11,82 pontos, ou 0,44%, para 2.686,15 pontos, enquanto o S&P 500 recuou 7,92 pontos, ou 0,63%, para 1.253,23 pontos. Na semana, os índices também acumularam queda, com destaque para o S&P 500, que perdeu 2,48%, seguido pelo Dow Jones, com recuo de 2,03% e pelo Nasdaq, com baixa de 1,86%.

Entre os destaques da sessão, as ações do Groupon, que estrearam no mercado hoje, subiram 30,55%, para US$ 26,11. A oferta pública inicial do papel foi precificada em US$ 20 por ação na noite de ontem, acima da faixa prevista, que ia de US$ 16 a US$ 18.

O LinkedIn perdeu 5,9% depois de anunciar que venderá mais US$ 100 milhões em ações, menos de seis meses após sua oferta pública inicial de papéis. A empresa também divulgou um lucro ajustado para o terceiro trimestre acima do que estimaram analistas.

O Starbucks fechou em alta de 6,7% depois de publicar resultados para o quarto trimestre fiscal que também vieram melhores do que estimou o mercado. Além disso, a companhia aumentou seu dividendo em 31% e autorizou a recompra de até 20 milhões de ações ordinárias (com direito a voto).

A American International Group (AIG) perdeu 2,9% após anunciar que teve um prejuízo no terceiro trimestre maior do que o esperado por analistas. No mercado de Treasuries, os preços subiram, com respectivo movimento inverso dos juros, refletindo a decepção dos investidores com o desfecho da cúpula do G-20, a reunião das 20 maiores economias do mundo.

"Embora alguns números sobre o emprego tenham sido positivos, eles não foram bons o suficiente para substituir a Europa como o evento que movimentou o mercado na semana", disse Kevin Giddis, presidente de mercados de capital e renda fixa do Morgan Keegan Inc. "Enquanto houver incerteza sobre o pacote de resgate da zona do euro e enquanto os líderes continuarem divididos sobre qual a melhor solução, o mercado de Treasuries será beneficiado."

No final da tarde em Nova York, o juro projetado pelos T-bonds de 30 anos estava em 3,098%, de 3,105% na quinta-feira; o juro das T-notes de 10 anos estava em 2,039%, de 2,067%; o juro das T-notes de 2 anos estava em 0,226%, de 0,234%. As informações são da Dow Jones.

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