Saudi Aramco planeja levantar US$ 2 bi com sua 1ª oferta de bônus
A companhia planeja emitir 7,5 bilhões de bônus sukuk denominados em rials; os bônus sukuk têm regras que atendem às diretrizes da lei islâmica
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de março de 2017 às 21h28.
Última atualização em 3 de agosto de 2017 às 18h07.
Londres - A gigante petroleira estatal saudita Saudi Aramco prepara-se para levantar cerca de US$ 2 bilhões com sua primeira oferta de bônus, segundo investidores que revisaram o prospecto da oferta.
A companhia planeja emitir 7,5 bilhões de bônus sukuk denominados em rials. Os bônus sukuk têm regras que atendem às diretrizes da lei islâmica, mas podem ser comprados por estrangeiros.
O sukuk é um instrumento designado para investidores islâmicos. A emissão deles cresceu fortemente nos últimos anos para atender demandas dos investidores dessa religião, sobretudo de países do Golfo e da Ásia.
A receita obtida será usada para propósitos gerais corporativos, segundo o prospecto, que não traz nenhuma informação financeira sobre a companhia.
Os bônus terão ainda de ser precificados e o momento exato da oferta não está claro, segundo as fontes.
O governo saudita levantou no ano passado US$ 17,5 bilhões com sua primeira emissão global de bônus, em um esforço para melhorar suas finanças após a queda do preço do petróleo nos últimos anos.
A Saudi Aramco, por sua vez, pretende vender seu primeiro bônus islâmico na moeda local, não em dólares, em um sinal de que a oferta de dívida é voltada principalmente a investidores locais, disseram algumas fontes.
Entre os bancos envolvidos na oferta de bônus estão Alinma Investment Company, HSBC Saudi Arabia, NCB Capital Company e Riyad Capital.
O governo saudita estima que a Saudi Aramco valha mais de US$ 2 trilhões e o governo prepara-se para emitir ações ao público talvez já no início do próximo ano, segundo fontes ligadas ao assunto. Isso poderia levantar US$ 100 bilhões ou mais, segundo analistas.
Na segunda-feira, a Arábia Saudita reduziu a carga tributária sobre a Saudi Aramco de 85% para 50%.
Fonte: Dow Jones Newswires