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Santander cria empresa com ativos de R$ 2,1 bilhões

Nova gestora de fundos de private equity vai investir em empresas de infraestrutura

A gestora vai absorver os fundos de private equity que o Santander administrava e que agora terão gestão separada (Pedro Armestre/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2012 às 23h04.

São Pauo - O Santander Brasil anuncia nesta quinta-feira a criação de uma empresa independente de fundos de private equity - carteiras que compram participação em companhias. Com R$ 2,1 bilhões sob gestão, o foco é fazer investimento nos setores de infraestrutura (como geração e transmissão de energia, rodovias, portos e aeroportos) e óleo e gás.

A gestora recebeu o nome de Mantiq Investimentos, em alusão à Serra da Mantiqueira, que fica entre os Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio. Ela será 100% controlada pelo Santander Brasil.

A Mantiq, segundo seu gestor Marcos Matioli, quer ter "participação relevante" no capital das empresas que investir. Também quer participar da gestão dos negócios e da decisão dos rumos da companhia, seja tendo um membro no conselho de administração, seja indicando executivos para a empresa.

A gestora vai absorver os fundos de private equity que o Santander administrava e que agora terão gestão separada. O banco cuidava até agora de três carteiras, todas voltadas para o setor de infraestrutura e energias limpas. O InfraBrasil Fundo de Investimentos em Participações, o FIP Caixa Ambiental e o FIP Brasil Petróleo I, recém-criado pelo banco em parceria com a Mare Investimentos - gestora que tem como sócio Rodolfo Landim, ex-presidente da OGX e da BR Distribuidora.

Outro sócio é Demian Fiocca, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Nossa Caixa.

O banco e a Mare estão criando agora o FIP Brasil Petróleo II. Os dois fundos terão patrimônio de R$ 1 bilhão. "Queríamos nos associar a alguém com experiência no setor de petróleo, por isso procuramos a Mare", diz Matioli. Para ele, oportunidades de investimento, tanto em petróleo como em infraestrutura, não vão faltar nos próximos anos.


"O Brasil tem uma agenda de investimentos de aproximadamente R$ 1 trilhão até 2016, concentrados nesses dois segmentos, que são o nosso foco. Temos ótimas perspectivas de negócios para os próximos anos", afirma Matioli.

A Mantiq tem como gestores, além de Matioli, Geoffrey Cleaver, Gustavo Peixoto e Carlos Correa. Os executivos do Santander ligados à área foram transferidos para a nova empresa.

Eles vão responder a um conselho de administração, composto de dois representantes do Santander e dois da Mantiq.

A separação das unidades de private equity das operações dos bancos é uma tendência mundial. Recentemente, o inglês HSBC fez o mesmo movimento. Segundo Matioli, isso é uma forma de evitar conflitos de interesse já que a área cuida de recursos de terceiros, e aumentar a transparência dos negócios.

A Mantiq, além da separação societária, terá escritório separado das unidades do banco espanhol.

Competição maior

Com o boom de investimentos previstos para o Brasil nos próximos anos, Matioli diz que a competição entre os fundos para encontrar boas empresas é maior. Porém, como o Santander é focado em segmentos específicos, como infraestrutura e energia limpa, as próprias empresas desses segmentos é que têm procurado o banco atrás de recursos.

Segundo ele, a Mantiq nasce avaliando várias companhias para investir, mas, como estão em fase de negociação, ele prefere não citar nomes.

Com o crescimento da economia, o Brasil passou a atrair gestoras estrangeiras de fundos de private equity interessadas em obter alta rentabilidade aplicando em setores como infraestrutura, tecnologia e varejo. Entre eles, estão a gestora inglesa 3i e o fundo americano 57 Stars.

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A gestora recebeu o nome de Mantiq Investimentos, em alusão à Serra da Mantiqueira, que fica entre os Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio. Ela será 100% controlada pelo Santander Brasil.

A Mantiq, segundo seu gestor Marcos Matioli, quer ter "participação relevante" no capital das empresas que investir. Também quer participar da gestão dos negócios e da decisão dos rumos da companhia, seja tendo um membro no conselho de administração, seja indicando executivos para a empresa.

A gestora vai absorver os fundos de private equity que o Santander administrava e que agora terão gestão separada. O banco cuidava até agora de três carteiras, todas voltadas para o setor de infraestrutura e energias limpas. O InfraBrasil Fundo de Investimentos em Participações, o FIP Caixa Ambiental e o FIP Brasil Petróleo I, recém-criado pelo banco em parceria com a Mare Investimentos - gestora que tem como sócio Rodolfo Landim, ex-presidente da OGX e da BR Distribuidora.

Outro sócio é Demian Fiocca, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Nossa Caixa.

O banco e a Mare estão criando agora o FIP Brasil Petróleo II. Os dois fundos terão patrimônio de R$ 1 bilhão. "Queríamos nos associar a alguém com experiência no setor de petróleo, por isso procuramos a Mare", diz Matioli. Para ele, oportunidades de investimento, tanto em petróleo como em infraestrutura, não vão faltar nos próximos anos.


"O Brasil tem uma agenda de investimentos de aproximadamente R$ 1 trilhão até 2016, concentrados nesses dois segmentos, que são o nosso foco. Temos ótimas perspectivas de negócios para os próximos anos", afirma Matioli.

A Mantiq tem como gestores, além de Matioli, Geoffrey Cleaver, Gustavo Peixoto e Carlos Correa. Os executivos do Santander ligados à área foram transferidos para a nova empresa.

Eles vão responder a um conselho de administração, composto de dois representantes do Santander e dois da Mantiq.

A separação das unidades de private equity das operações dos bancos é uma tendência mundial. Recentemente, o inglês HSBC fez o mesmo movimento. Segundo Matioli, isso é uma forma de evitar conflitos de interesse já que a área cuida de recursos de terceiros, e aumentar a transparência dos negócios.

A Mantiq, além da separação societária, terá escritório separado das unidades do banco espanhol.

Competição maior

Com o boom de investimentos previstos para o Brasil nos próximos anos, Matioli diz que a competição entre os fundos para encontrar boas empresas é maior. Porém, como o Santander é focado em segmentos específicos, como infraestrutura e energia limpa, as próprias empresas desses segmentos é que têm procurado o banco atrás de recursos.

Segundo ele, a Mantiq nasce avaliando várias companhias para investir, mas, como estão em fase de negociação, ele prefere não citar nomes.

Com o crescimento da economia, o Brasil passou a atrair gestoras estrangeiras de fundos de private equity interessadas em obter alta rentabilidade aplicando em setores como infraestrutura, tecnologia e varejo. Entre eles, estão a gestora inglesa 3i e o fundo americano 57 Stars.

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