Santander: a queda virá?
Nesta quarta-feira o banco Santander terá mais uma chance de surpreender o mercado ao divulgar seus números trimestrais. No primeiro semestre do ano o lucro veio melhor do que o esperado e chegou a 3,46 bilhão de reais – uma alta de 4,8% em comparação com 2015. O banco conseguiu o resultado em meio ao […]
Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2016 às 19h46.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h48.
Nesta quarta-feira o banco Santander terá mais uma chance de surpreender o mercado ao divulgar seus números trimestrais. No primeiro semestre do ano o lucro veio melhor do que o esperado e chegou a 3,46 bilhão de reais – uma alta de 4,8% em comparação com 2015.
O banco conseguiu o resultado em meio ao cenário de inadimplência alta e crédito restrito que diminuiu os ganhos de seus principais concorrentes. O maior banco privado do país, o Itaú Unibanco, teve uma queda de 8,7% em seu lucro no primeiro semestre do ano – para 10,69 bilhões de reais. O Bradesco lucrou 5,2% a menos no período, totalizando 8,25 bilhões de reais.
O resultado surpreendente do Santander até aqui decorre de um melhor desempenho no varejo, com aumento da base de clientes e do número de transações, e da atuação do banco em fundos. Desta vez, analistas estimam que o lucro do banco cairá 4%, na comparação anual, para algo próximo dos 1,47 bilhão de reais.
No total, analistas estimam uma queda de 14% nos lucros dos bancos no trimestre. “Nós esperamos que o Itaú Unibanco apresente os melhores números do setor, mas, mesmo assim, seu lucro deve cair”, afirmam analistas do banco Goldman Sachs. A previsão é que os lucros continuem em queda até o último trimestre do ano.
No próximo ano, especialistas afirmam que os bancos devem continuar sofrendo com a inadimplência – que deve subir até meados de 2017. Uma recuperação depende da queda de juros no país. Segundo a agência de classificação de risco Moody’s, o corte de juros reduz mais rapidamente os custos com captação dessas instituições do que as taxas de juros oferecidas aos clientes. Ou seja, a margem líquida de juros deve crescer durante o ciclo de alívio monetário. Ótimo para os bancos, nem tanto para os consumidores.