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Recessão, PEC dos Combustíveis no Senado e o que mais move os mercados

Principais bolsas globais recuam e S&P 500 caminha para pior saldo semestral desde 1970

Bolsa NY. (Andrew Kelly/Reuters)
BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 30 de junho de 2022 às 07h04.

As principais bolsas globais se encaminham para mais um dia negativo em que o foco dos mercados é a recessão. O movimento foi misto na Ásia, mas na Europa as bolsas recuam em bloco enquanto, nos Estados Unidos, os futuros dos principais índices recuam mais de 1%. O S&P 500 deve encerrar o mês de junho com o pior saldo semestral desde 1970.

A razão da derrocada é a ameaça de uma recessão conforme os bancos centrais elevam as taxas de juros para conter a inflação. Na véspera, o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell, e a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, alertaram que a inflação deve continuar alta além do esperado.

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Desempenho dos indicadores às 7h (de Brasília):

Nesta quinta-feira, investidores devem estar atentos à divulgação do Índice de Preços com Consumo (PCE) dos Estados Unidos para o mês de maio. O PCE é um dos principais indicadores utilizados pelo Fed para conduzir a política monetária americana.

PEC dos Combustíveis

Será votada no Senado hoje a PEC dos Combustíveis, que cria e turbina uma série de benefícios sociais driblando a lei eleitoral por meio da instituição de um estado de emergência. A medida tem provocado reações negativas no mercado, uma vez que serão gastos R$ 38,75 bilhões fora do teto de gastos, aumentando o risco fiscal do País.

A proposta aumenta o valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, implementa o auxílio caminhoneiro de R$ 1 mil para para 870 mil autônomos e eleva o auxílio-gás bimestral para R$ 120 A expectativa é que a PEC seja colocada em votação no Senado a partir das 16h.

Inflação no Brasil

Às 8h, o Banco Central divulga em seu site o relatório trimestral de inflação (RTI), que pode fornecer novas pistas sobre os próximos passos do ciclo de aperto monetário do Comitê de Política Monetária (Copom). Em ata divulgada na última semana, o Copom sinalizouque um prolongamento do ciclo de alta em agosto é necessário para garantir que as projeções de inflação retornem à meta.

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