Rebaixamento pela Moody's não fará diferença, ava FenaPrevi
Disse que há pouca coisa a se fazer para reverter o rebaixamento, mas que é possível mudar o cenário atual. "O Brasil precisa fazer mudanças maiores", concluiu
Da Redação
Publicado em 17 de dezembro de 2015 às 17h08.
Rio - Um possível rebaixamento do Brasil por parte da agência de classificação de risco Moody's não fará mais diferença, segundo o presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), Osvaldo do Nascimento.
"O dano já está feito. Os fundos que não podem investir em países sem dois graus de investimento já tiraram seus recursos", avaliou ele, em coletiva de imprensa, nesta tarde de quinta-feira, 17, referindo-se ao rebaixamento anunciado ontem pela Fitch Ratings .
Para Nascimento, o maior efeito da perda de mais um selo de bom pagador do Brasil é o custo de capital que vai aumentar, principalmente, para empresas que precisam captar recursos no exterior.
"O Brasil fica mais caro e ineficiente quando o governo não dá importância devida à classificação de risco do País, que é uma visão um tanto quanto míope. Vai refletir no custo dos brasileiros", avaliou Nascimento.
Em relação ao impacto para o setor de seguros, ele disse que, excluindo o resseguro (seguro das seguradoras), que está interligado com o mercado internacional, o impacto é menor porque as empresas do segmento captam menos lá fora.
"Obviamente, existe impacto para as empresas de capital aberto, uma vez que parte desses recursos está em BDRs (certificados de ações de empresas abertas com sede no exterior), mas quem paga a maior conta é o governo, que tem mais dificuldade de rolar sua dívida, já que parte dos seus títulos está nas mãos de estrangeiros", observou o presidente da FenaPrevi.
Ele afirmou ainda que grande parte do downgrade do Brasil está relacionado à política fiscal e que há pressão para que o governo tenha mais responsabilidade nesta questão.
Disse que há pouca coisa a se fazer para reverter o rebaixamento, mas que é possível mudar o cenário atual. "O Brasil precisa fazer mudanças maiores", concluiu.
Rio - Um possível rebaixamento do Brasil por parte da agência de classificação de risco Moody's não fará mais diferença, segundo o presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), Osvaldo do Nascimento.
"O dano já está feito. Os fundos que não podem investir em países sem dois graus de investimento já tiraram seus recursos", avaliou ele, em coletiva de imprensa, nesta tarde de quinta-feira, 17, referindo-se ao rebaixamento anunciado ontem pela Fitch Ratings .
Para Nascimento, o maior efeito da perda de mais um selo de bom pagador do Brasil é o custo de capital que vai aumentar, principalmente, para empresas que precisam captar recursos no exterior.
"O Brasil fica mais caro e ineficiente quando o governo não dá importância devida à classificação de risco do País, que é uma visão um tanto quanto míope. Vai refletir no custo dos brasileiros", avaliou Nascimento.
Em relação ao impacto para o setor de seguros, ele disse que, excluindo o resseguro (seguro das seguradoras), que está interligado com o mercado internacional, o impacto é menor porque as empresas do segmento captam menos lá fora.
"Obviamente, existe impacto para as empresas de capital aberto, uma vez que parte desses recursos está em BDRs (certificados de ações de empresas abertas com sede no exterior), mas quem paga a maior conta é o governo, que tem mais dificuldade de rolar sua dívida, já que parte dos seus títulos está nas mãos de estrangeiros", observou o presidente da FenaPrevi.
Ele afirmou ainda que grande parte do downgrade do Brasil está relacionado à política fiscal e que há pressão para que o governo tenha mais responsabilidade nesta questão.
Disse que há pouca coisa a se fazer para reverter o rebaixamento, mas que é possível mudar o cenário atual. "O Brasil precisa fazer mudanças maiores", concluiu.