Mercados

Raul Randon vai responder a processo por informação privilegiada

Dono da Randon é acusado de comprar ações da própria companhia antes que operação de sociedade fosse divulgada

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2010 às 16h30.

São Paulo - O presidente do grupo Randon, Raul Randon, vai responder a um processo na Justiça por usar informações privilegiadas para obter lucro no mercado de ações. A Justiça Federal de São Paulo abriu a segunda ação penal da história brasileira pelo crime. Além de Randon, outras cinco pessoas, sócias e diretoras da Random S/A, de Caxias do Sul (RS), responderão ao processo.

Os seis são acusados de adquirirem 754.000 ações da Randon e de outra empresa do grupo, a Fras-Le, entre 5 de junho de 2002 e 19 de julho de 2002, cerca de dois meses antes de anunciarem a entrada da empresa Arvin Meritor Inc como sócia do grupo brasileiro. Essa operação só foi a público por meio de um fato relevante publicado em 15 de agosto de 2002. Na época em que adquiriram as ações, como diretores e sócios da empresa brasileira, os acusados já sabiam da sociedade com os americanos.

Segundo a Procuradoria da República no Estado de São Paulo, as ações foram adquiridas pelos acusados por 538.000 reais. Elas obtiveram valorização de 120% nos 12 meses após a entrada da Arvin Meritor no grupo brasileiro. À época, Raul Randon detinha 77,44% das ações ordinárias do grupo.

A assessoria de imprensa do grupo Randon informou que a companhia não irá se pronunciar sobre o caso no momento, pois ainda não foi oficialmente notificada pela Justiça .
 

Acompanhe tudo sobre:AçõesJustiçaProcessos judiciais

Mais de Mercados

Bolsas da Europa fecham em baixa, devolvendo parte dos ganhos em dia de CPI da zona do euro

Gavekal: inflação machuca, mas é a pobreza o maior problema dos EUA

Ibovespa fecha perto da estabilidade dividido entre Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4)

China, inflação da europa e demissões na Petrobras: o que move o mercado

Mais na Exame