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Queridinha de analistas, Raízen (RAIZ4) desagrada em balanço do 1º tri e ação cai 6%

Empresa entregou Ebitda abaixo do projetado para o ano-calendário de 2022-2023

Totem com o logo da Raízen, joint venture da Cosan com a Shell. (Raízen/Divulgação)

Totem com o logo da Raízen, joint venture da Cosan com a Shell. (Raízen/Divulgação)

Guilherme Guilherme
Guilherme Guilherme

Repórter de Invest

Publicado em 15 de maio de 2023 às 13h48.

Última atualização em 15 de maio de 2023 às 13h52.

As ações da Raízen (RAIZ4) caem cerca de 6% nesta segunda-feira, 15, com investidores reagindo negativamente ao balanço do quarto trimestre do ano-calendário 2022-23. O resultado foi divulgado na noite de sexta-feira, 12.

No quarto trimestre, a companhia registrou lucro líquido consolidado ajustado de R$ 2,522 bilhões, mais de dez vezes superior ao de R$ 209,7 milhões registrado no mesmo período do ano anterior.

Entrega abaixo do guidance

O Ebitda foi de R$ 5,912 bilhões, impulsionado por efeitos fiscais não recorrentes. Sem esses efeitos, no entanto, analistas do Credit Suisse pontuaram que o Ebitda seria de R$ 2,5 bilhões. 14% abaixo da projeção de analistas da casa.

Em relação ao esperado por analistas do BTG Pactual, o Ebitda ficou 18% abaixo. "O resultado trouxe poucos motivos para celebrar". Excluídos os efeitos fiscais, a Raízen terminou o ano-calendário com Ebitda de R$ 11,9 bilhões, abaixo do guidance entre R$ 13 - 14 bilhões para o período. 

"A Raízen não atingiu sua faixa de guidance de Ebitda para o ano fiscal em cerca de R$1 bilhão. A menor margem de lucro do etanol e menores margens de distribuição de combustíveis no Brasil devido a maiores perdas de estoque estiveram entre os responsáveis ​​por menores volumes de vendas", avaliaram os analistas.

Novo guidance

Analistas também se questionam se o guidance da Raízen para o ano fiscal 2023-24 é conservador demais. A projeção da empresa é de Ebitda entre R$ 13,5 bilhões e R$ 14,5 bilhões para o período.

"O ponto médio do novo guidance está em linha com nossa projeção. no entanto, os investidores teriam boas razões para acreditar que a melhoria sequencial na faixa de orientação poderia ter sido superior a R$ 0,5 bilhão", avaliaram os analistas do Credit Suisse.

Queridinha de analistas

Apesar da decepção com o resultado apresentado, a Raízen segue entre as empresas mais recomendadas por analistas. De 6 recomendações colhidas pela plataforma TradeMap, as 6 são de compra, sendo que o menor upside prevê mais de 50% de potencial de alta. Entre os mais otimistas com o papel está o BTG, que tem R$ 8 de preço-alvo. Com a queda de hoje, os papéis são negociados perto de R$ 3.

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