Queda no exterior impede descolamento da Bovespa
A baixa ainda desarma qualquer tentativa de descolamento e faz a Bovespa retroceder para o nível mais baixo do mês
Da Redação
Publicado em 9 de novembro de 2011 às 10h43.
São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo ( Bovespa ) operava em queda pela manhã. Hoje, a aversão ao risco impera nos mercados internacionais por causa dos desdobramentos políticos na Europa, o que deve derrubar os negócios locais. A baixa ainda desarma qualquer tentativa de descolamento e faz a Bovespa retroceder para o nível mais baixo do mês. Às 11h17, o índice Bovespa (Ibovespa) caía 1,55%, aos 58.114 pontos.
"O dia hoje promete ser de grande realização, com quedas generalizadas entre as ações", prevê o gerente de análise de uma renomada asset, mantido em anonimato por questões de compliance. Ele explica que o mercado financeiro anda muito sensível ao noticiário europeu e os acontecimentos recentes têm deixado os nervos dos investidores à flor da pele. "Questões políticas são de difícil entendimento e de difícil previsão. E elas têm ganhado força, criando um ambiente complicado para gerenciar os negócios", acrescenta.
Hoje, o yield (retorno ao investidor) do título de 10 anos da Itália bateu 7%, um recorde desde a criação do euro, situando-se no mesmo nível em que ficaram os bônus da Irlanda, Portugal e Grécia quando esses países tiveram de recorrer à ajuda financeiro da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O profissional citado acima lembra ainda que após o momento delicado com a proposta de referendo na Grécia - que culminou no pedido de renúncia do primeiro-ministro, George Papandreou - e da vitória de Pirro do premiê da Itália, Silvio Berlusconi, ontem no Parlamento - que resultou no comprometimento da saída do líder italiano depois da aprovação do pacote de medidas de austeridade - a Espanha pode entrar em cena a qualquer instante.
O país ibérico realiza eleições antecipadas dentro de dez dias e o Partido Socialista de José Luis Rodrigues Zapatero deve sofrer uma dura derrota, engrossando a lista que já conta com a queda de sete governos em três anos de crise europeia. "Fica a dúvida se vai parar por aí", avalia o especialista.
Nesse sentido, os dados divulgados pela China nesta madrugada sobre inflação e atividade devem ser relegados. "Apesar de os dados chineses apresentarem uma desaceleração da inflação local, o que corrobora a tese de que o país pode começar a dar incentivos ao crescimento econômico, o mercado deverá ser mais impactado pelo sentimento negativo dos investidores com o aprofundamento da crise europeia", comenta, em relatório, o analista da Um Investimentos, Eduardo Oliveira.
São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo ( Bovespa ) operava em queda pela manhã. Hoje, a aversão ao risco impera nos mercados internacionais por causa dos desdobramentos políticos na Europa, o que deve derrubar os negócios locais. A baixa ainda desarma qualquer tentativa de descolamento e faz a Bovespa retroceder para o nível mais baixo do mês. Às 11h17, o índice Bovespa (Ibovespa) caía 1,55%, aos 58.114 pontos.
"O dia hoje promete ser de grande realização, com quedas generalizadas entre as ações", prevê o gerente de análise de uma renomada asset, mantido em anonimato por questões de compliance. Ele explica que o mercado financeiro anda muito sensível ao noticiário europeu e os acontecimentos recentes têm deixado os nervos dos investidores à flor da pele. "Questões políticas são de difícil entendimento e de difícil previsão. E elas têm ganhado força, criando um ambiente complicado para gerenciar os negócios", acrescenta.
Hoje, o yield (retorno ao investidor) do título de 10 anos da Itália bateu 7%, um recorde desde a criação do euro, situando-se no mesmo nível em que ficaram os bônus da Irlanda, Portugal e Grécia quando esses países tiveram de recorrer à ajuda financeiro da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O profissional citado acima lembra ainda que após o momento delicado com a proposta de referendo na Grécia - que culminou no pedido de renúncia do primeiro-ministro, George Papandreou - e da vitória de Pirro do premiê da Itália, Silvio Berlusconi, ontem no Parlamento - que resultou no comprometimento da saída do líder italiano depois da aprovação do pacote de medidas de austeridade - a Espanha pode entrar em cena a qualquer instante.
O país ibérico realiza eleições antecipadas dentro de dez dias e o Partido Socialista de José Luis Rodrigues Zapatero deve sofrer uma dura derrota, engrossando a lista que já conta com a queda de sete governos em três anos de crise europeia. "Fica a dúvida se vai parar por aí", avalia o especialista.
Nesse sentido, os dados divulgados pela China nesta madrugada sobre inflação e atividade devem ser relegados. "Apesar de os dados chineses apresentarem uma desaceleração da inflação local, o que corrobora a tese de que o país pode começar a dar incentivos ao crescimento econômico, o mercado deverá ser mais impactado pelo sentimento negativo dos investidores com o aprofundamento da crise europeia", comenta, em relatório, o analista da Um Investimentos, Eduardo Oliveira.