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Queda do dólar pode reduzir dívida estrangeira de empresas em R$ 47 bi

Mais de 100 empresas listadas na bolsa tiveram dívidas beneficiadas pela apreciação do real, segundo levantamento da Economatica

Suzano (SUZB3), Braskem (BRKM5), Embraer (EMBR3) estão entre empresas da bolsa que mais se beneficiaram com a baixa da moeda americana (halduns/Getty Images)
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Fernanda Bastos

Publicado em 14 de abril de 2022 às 06h00.

Última atualização em 14 de abril de 2022 às 11h40.

A queda do dólar deve impulsionar os resultados do primeiro trimestre de 2022 das principais empresas do país. Segundo levantamento da Economatica, o efeito contábil da depreciação de 15% da moeda americana no período deve gerar um saldo positivo de R$ 47 bilhões para as 104 empresas listadas na bolsa que tem dívida em dólar.

A empresa que deve ser a mais favorecida é a exportadora de celulose Suzano (SUZB3), com 82,9% da dívida em moeda estrangeira. A companhia do ramo de papel e celulose conta com um ganho de R$ 9,96 bilhões, ou seja, 2,1 vezes o valor do lucro EBIT (lucro antes dos juros e tributos) da empresa no quarto trimestre de 2021.

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A Braskem (BRKM5), segunda colocada no levantamento, teve um ganho de R$ 5,19 bilhões. Seguida pela Embraer (EMBR3) e Cosan (CSAN3), ambas com cerca de R$ 3,37 bilhões. A Klabin (KLBN11), do mesmo setor da Suzano, ficou na quinta colocação, com ganho de R$ 3,29 bilhões. A Gol (GOLL4), primeira empresa ranqueada do setor de transportes e serviços, teve um ganho de R$ 1,61 bilhões.

Entre as empresas com maior dívida em moeda estrangeira e beneficiadas pela queda do dólar ainda estão as do setor de frigoríficos (JBS e Minerva),  petróleo e gás, (PetroRio e Cosan) e comércio (Americanas).

O levantamento não considera empresas que não publicam sua a dívida em moeda estrangeira no plano padrão de contas da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Não fazem parte da lista 72 companhias, entre elas: Petrobras (PETR3/PETR4 ), Vale (VALE3), CSN (CSNA3), Marfrig (MRFG3), Neonergia (NEOE3), Raizen (RAIZ4).

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