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Queda da Petrobras impede alta maior da Bovespa

Por Rosangela Dolis São Paulo - Com a alta de 1,28%, a Bovespa fechou hoje aos 71.283,11 pontos, na maior pontuação desde 9 de abril, quando encerrou aos 71.417 pontos. O pregão brasileiro seguiu tendência dada pelas bolsas no exterior, com os mercados no Japão, Europa e Estados Unidos fechando em altas que em alguns […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2010 às 14h47.

Por Rosangela Dolis

São Paulo - Com a alta de 1,28%, a Bovespa fechou hoje aos 71.283,11 pontos, na maior pontuação desde 9 de abril, quando encerrou aos 71.417 pontos. O pregão brasileiro seguiu tendência dada pelas bolsas no exterior, com os mercados no Japão, Europa e Estados Unidos fechando em altas que em alguns casos superaram 2%. O avanço maior da Bovespa foi barrado pelo recuo das ações da Petrobras - a queda foi mais forte no papel PN, o mais negociado do pregão.

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O estopim de alta para as bolsas no exterior foi dado no Japão. A fim de tentar amenizar o efeito recessivo da valorização do iene e da deflação, o Banco do Japão (BoJ) reduziu a taxa de juro de 0,1% para uma faixa entre zero e 0,1% e se comprometeu a manter a taxa em "virtualmente zero" até que a deflação termine. Além disso, para estimular o crescimento financeiro, o BoJ adotou mais afrouxamento monetário ao criar um fundo de 5 trilhões de ienes (US$ 60 bilhões) para comprar títulos e outros ativos.

Os ganhos nas bolsas refletiram ainda a divulgação de dados positivos do setor de serviços norte-americano - o índice ISM de atividade do setor não industrial dos EUA avançou a 53,2 em setembro, de 51,5 em agosto, bem melhor que a estimativa dos analistas de 52.

Na Bolsa paulista, ações de setores como mineração, de bancos, construtoras, varejistas e de energia elétrica sustentaram a alta da Bolsa. Ao longo da sessão, o Ibovespa oscilou da mínima de 70.389,77, pontos, em alta de 0,01%, logo na abertura dos negócios, à máxima de 71.285,03 pontos, em valorização de 1,28%. No mês, acumula alta de 2,67% e no ano sobe 3,93%. O volume financeiro subiu para R$ 8,472 bilhões, de R$ 5,860 bilhões ontem. Do total, R$ 1,146 bilhão se referiram a negócios com Petrobras PN.

As ações da Petrobras cederam a ponto de figurar entre as maiores quedas do Ibovespa - o papel PN recuou 1,46% e o ON, 0,56%. A baixa foi detonada por um relatório da Itaú Corretora, que rebaixou a recomendação da Petrobras para "market perform". A instituição destacou que, ao retomar a cobertura da estatal após o processo de capitalização da empresa, decidiu pela redução do valor justo para as ações ao final de 2011. A nova projeção para as ações preferenciais é de R$ 38,20 (US$ 41,8/PBRA), resultado 29% inferior à projeção anterior. Já em relatório com data de ontem, o Deutsche Bank manteve a recomendação da Petrobras em "hold".

As ações de mineradoras, como Vale e MMX, foram favorecidas pela alta dos metais básicos, impulsionada pelo fortalecimento do euro ante o dólar. Vale ON subiu 1,27% e Vale PNA, 1,24%, beneficiando-se também de migração de investidores decepcionados com Petrobrás. Já MMX Mineração ON avançou 3,04%.

No setor de bancos, Bradesco PN ganhou 2,52%, Itaú Unibanco PN, 2,50%, e a unit do Santander, 2,42%. Entre as construtoras, Rossi Residencial ON valorizou-se 3,87%, PDG Realty ON, 3,28% e Gafisa ON 3,17%. Entre as varejistas, Lojas Renner subiu 3,18% e Lojas Americanas, 5,77%. No setor de energia elétrica, Copel PNB subiu 3,61%; Eletrobras PNB, 4,03% e Cesp PNB, 4,10%.

Em Nova York, o Dow Jones subiu 1,80%, para 10.044,72 pontos; o Nasdaq evoluiu 2,36%, para 2.399,83 pontos; e o S&P valorizou-se 2,09%, a 1.160,75 pontos.

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