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Protestos chegam ao mercado financeiro; veja as variações

As ações da Copel derreteram com a decisão de suspensão do aumento das tarifas da energia pelo governo do estado

Reajuste de 14,6% da Copel foi suspenso pelo governador do Paraná, Beto Richa (PSDB) (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2013 às 18h57.

São Paulo – Em uma semana marcada pelas manifestações em mais de 100 cidades no Brasil, o mercado financeiro não passou ileso. Além do efeito sobre o sentimento do investidor estrangeiro em relação à estabilidade no país, os investidores começam a temer que os governos evitem medidas que possam ser consideradas impopulares, como o aumento das tarifas de setor público.

O Banco Central americano também a sua parcela de participação no desempenho ruim da bolsa nesta semana. O presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, não anunciou o fim das compras mensais de 85 bilhões de dólares em títulos da dívida do país, mas indicou que essa estratégia poderá deixar de ser utilizada em breve.

“A alteração no diagnóstico do Fed indica que a economia dos Estados Unidos tem apresentado melhor ritmo de crescimento, o que justificaria sua interpretação de uma menor necessidade de estímulos monetários”, ressalta o economista da Planner corretora, Gustavo Pereira Serra, em um relatório.

Queda

O efeito mais claro sobre o mercado financeiro das consequências das manifestações pelo país pode ser visto na reação do governo do estado do Paraná após a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) autorizar o reajuste de 14,61% nas tarifas da estatal Copel . O governador do estado, Beto Richa (PSDB), não liberou o aumento que seria cobrado a partir do dia 24 de junho. Uma reunião com a empresa foi marcada para segunda-feira.

EmpresaCódigoPreçoVar. Sem (%)
CopelCPLE626,21-22,98
GafisaGFSA32,78-22,35
OGXOGXP30,82-21,9
B2WBTOW36,42-19,45
MMXMMXM31,27-19,11
OiOIBR33,88-19
LLXLLXL31,03-18,25
OiOIBR43,57-16,2
RossiRSID32,91-14,91
GOLGOLL47,28-14,05

“Acreditamos que a decisão do governo foi fortemente influenciada pela massiva onde de protestantes nas ruas do Brasil, mas não vemos razão econômica para fazer isso utilizando os recursos da Copel, devido ao forte impacto sobre o fluxo de caixa da empresa. Vemos essa possibilidade como um potencial dano maior não apenas à Copel, mas também para a imagem do governo e do seu partido”, ressalta Vinicius Canheu, analista do Credit Suisse, em relatório.

Alta

As maiores altas da semana ficaram com as ações da Fibria e da Suzano. Além delas, a Embraer e algumas empresas ligadas ao consumo interno ou que têm a ganhar com a valorização do dólar em relação ao real se destacaram nesse período.

EmpresaCódigoPreçoVar. Sem (%)
FibriaFIBR325,2511,68
SuzanoSUZB58,18,72
EmbraerEMBR320,518,4
EletropauloELPL46,658,13
BRFBRFS347,021,77
AmbevAMBV477,71,38
CSNCSNA36,431,26
BraskemBRKM5160,63
CieloCIEL353,160,61
UltraparUGPA350,27-0,65

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São Paulo – Em uma semana marcada pelas manifestações em mais de 100 cidades no Brasil, o mercado financeiro não passou ileso. Além do efeito sobre o sentimento do investidor estrangeiro em relação à estabilidade no país, os investidores começam a temer que os governos evitem medidas que possam ser consideradas impopulares, como o aumento das tarifas de setor público.

O Banco Central americano também a sua parcela de participação no desempenho ruim da bolsa nesta semana. O presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, não anunciou o fim das compras mensais de 85 bilhões de dólares em títulos da dívida do país, mas indicou que essa estratégia poderá deixar de ser utilizada em breve.

“A alteração no diagnóstico do Fed indica que a economia dos Estados Unidos tem apresentado melhor ritmo de crescimento, o que justificaria sua interpretação de uma menor necessidade de estímulos monetários”, ressalta o economista da Planner corretora, Gustavo Pereira Serra, em um relatório.

Queda

O efeito mais claro sobre o mercado financeiro das consequências das manifestações pelo país pode ser visto na reação do governo do estado do Paraná após a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) autorizar o reajuste de 14,61% nas tarifas da estatal Copel . O governador do estado, Beto Richa (PSDB), não liberou o aumento que seria cobrado a partir do dia 24 de junho. Uma reunião com a empresa foi marcada para segunda-feira.

EmpresaCódigoPreçoVar. Sem (%)
CopelCPLE626,21-22,98
GafisaGFSA32,78-22,35
OGXOGXP30,82-21,9
B2WBTOW36,42-19,45
MMXMMXM31,27-19,11
OiOIBR33,88-19
LLXLLXL31,03-18,25
OiOIBR43,57-16,2
RossiRSID32,91-14,91
GOLGOLL47,28-14,05

“Acreditamos que a decisão do governo foi fortemente influenciada pela massiva onde de protestantes nas ruas do Brasil, mas não vemos razão econômica para fazer isso utilizando os recursos da Copel, devido ao forte impacto sobre o fluxo de caixa da empresa. Vemos essa possibilidade como um potencial dano maior não apenas à Copel, mas também para a imagem do governo e do seu partido”, ressalta Vinicius Canheu, analista do Credit Suisse, em relatório.

Alta

As maiores altas da semana ficaram com as ações da Fibria e da Suzano. Além delas, a Embraer e algumas empresas ligadas ao consumo interno ou que têm a ganhar com a valorização do dólar em relação ao real se destacaram nesse período.

EmpresaCódigoPreçoVar. Sem (%)
FibriaFIBR325,2511,68
SuzanoSUZB58,18,72
EmbraerEMBR320,518,4
EletropauloELPL46,658,13
BRFBRFS347,021,77
AmbevAMBV477,71,38
CSNCSNA36,431,26
BraskemBRKM5160,63
CieloCIEL353,160,61
UltraparUGPA350,27-0,65
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