Prisões da Lava Jato pressionam queda da Bovespa
A Braskem liderava as perdas, com queda de 4,2 por cento, afetada pelo envolvimento da Odebrecht, sua maior acionista, na Lava Jato
Da Redação
Publicado em 19 de junho de 2015 às 12h15.
São Paulo - O tom negativo prevalecia na Bovespa nesta sexta-feira, com dados mostrando inflação acima do esperado e crescimento mais fraco pressionando os negócios, enquanto Wall Street pouco ajudava em uma sessão volátil.
Também estava no radar e contribuía com o viés de baixa uma nova fase da operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras, incluindo a prisão dos presidentes das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez.
Às 11h47, o principal índice da bolsa paulista caía 1,11 por cento, a 53.636 pontos, devolvendo boa parte dos ganhos da véspera, quando o Ibovespa fechou com alta de 1,86 por cento.
O giro financeiro do pregão era de 1,48 bilhão de reais.
A economia brasileira começou o segundo trimestre com contração pior do que o esperado, conforme apontou o índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB).
O indicador caiu 0,84 por cento em abril sobre março, segundo dados dessazonalizados - bem pior do que a mediana das expectativas em pesquisa da Reuters, de recuo de 0,40 por cento.
A prévia da inflação oficial brasileira, por sua vez, acelerou ainda mais em junho, para 0,99 por cento, acima do esperado e a maior taxa para esses meses em quase duas décadas, pressionada pelos preços de alimentos e despesas pessoais.
No acumulado em 12 meses, o IPCA-15 subiu 8,80 por cento - a maior alta desde dezembro de 2003, de acordo com o IBGE.
Em Wall Street, os principais índices acionários recuavam após ganhos fortes na véspera, quando o Nasdaq bateu recorde de pontuação, com o "vencimento quádruplo" de opções adicionando volatilidade aos negócios. A crise envolvendo a Grécia endossava vendas, conforme as negociações seguem sem perspectivas de um desfecho.
Destaques
Braskem liderava as perdas, com queda de 4,2 por cento, afetada pelo envolvimento da Odebrecht, sua maior acionista, na Lava Jato.
TIM Participações recuava 1,6 por cento, após forte ganho na véspera, com o presidente do Conselho da Telecom Italia afirmando nesta sexta-feira que não houve contatos com o empresário francês Vincent Bollore, cujo grupo de mídia Vivendi está perto de se tornar o maior acionista da empresa italiana de telefonia.
Na véspera, o papel subiu com notícia de que Bollore seria a favor de a Telecom Italia explorar uma venda da TIM.
Vale também pesava, com as preferenciais em baixa de 1,43 por cento, conforme o preço do minério de ferro à vista voltava a recuar nos portos da China.
Itaú Unibanco e Bradesco devolviam parte do avanço da véspera com quedas de mais de 1 por cento, pressionando o índice dada a relevante fatia de detêm na composição do mesmo.
Petrobras tinha as preferenciais em baixa de 1 por cento, enquanto as ordinárias pediam 0,61 por cento, em dia de declínio nos preços do petróleo .
Também repercutia declaração de uma fonte da estatal à Reuters de que o momento de crise econômica no país dificulta um eventual reajuste no preço do produto.
Cyrela destoava, com elevação de 3 por cento, após abrir novo programa de recompra de até 20 milhões de ações.
Embraer também passava ao território positivo, com alta de 0,82 por cento, acompanhando o fortalecimento do dólar ante o real e com notícia de que assinou contrato com o Ministério da Defesa da República de Gana para a venda de cinco aviões turboélice de ataque leve e treinamento avançado A-29 Super Tucano. "Leitura positiva na margem", disse o BTG Pactual em nota a clientes.
São Paulo - O tom negativo prevalecia na Bovespa nesta sexta-feira, com dados mostrando inflação acima do esperado e crescimento mais fraco pressionando os negócios, enquanto Wall Street pouco ajudava em uma sessão volátil.
Também estava no radar e contribuía com o viés de baixa uma nova fase da operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras, incluindo a prisão dos presidentes das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez.
Às 11h47, o principal índice da bolsa paulista caía 1,11 por cento, a 53.636 pontos, devolvendo boa parte dos ganhos da véspera, quando o Ibovespa fechou com alta de 1,86 por cento.
O giro financeiro do pregão era de 1,48 bilhão de reais.
A economia brasileira começou o segundo trimestre com contração pior do que o esperado, conforme apontou o índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB).
O indicador caiu 0,84 por cento em abril sobre março, segundo dados dessazonalizados - bem pior do que a mediana das expectativas em pesquisa da Reuters, de recuo de 0,40 por cento.
A prévia da inflação oficial brasileira, por sua vez, acelerou ainda mais em junho, para 0,99 por cento, acima do esperado e a maior taxa para esses meses em quase duas décadas, pressionada pelos preços de alimentos e despesas pessoais.
No acumulado em 12 meses, o IPCA-15 subiu 8,80 por cento - a maior alta desde dezembro de 2003, de acordo com o IBGE.
Em Wall Street, os principais índices acionários recuavam após ganhos fortes na véspera, quando o Nasdaq bateu recorde de pontuação, com o "vencimento quádruplo" de opções adicionando volatilidade aos negócios. A crise envolvendo a Grécia endossava vendas, conforme as negociações seguem sem perspectivas de um desfecho.
Destaques
Braskem liderava as perdas, com queda de 4,2 por cento, afetada pelo envolvimento da Odebrecht, sua maior acionista, na Lava Jato.
TIM Participações recuava 1,6 por cento, após forte ganho na véspera, com o presidente do Conselho da Telecom Italia afirmando nesta sexta-feira que não houve contatos com o empresário francês Vincent Bollore, cujo grupo de mídia Vivendi está perto de se tornar o maior acionista da empresa italiana de telefonia.
Na véspera, o papel subiu com notícia de que Bollore seria a favor de a Telecom Italia explorar uma venda da TIM.
Vale também pesava, com as preferenciais em baixa de 1,43 por cento, conforme o preço do minério de ferro à vista voltava a recuar nos portos da China.
Itaú Unibanco e Bradesco devolviam parte do avanço da véspera com quedas de mais de 1 por cento, pressionando o índice dada a relevante fatia de detêm na composição do mesmo.
Petrobras tinha as preferenciais em baixa de 1 por cento, enquanto as ordinárias pediam 0,61 por cento, em dia de declínio nos preços do petróleo .
Também repercutia declaração de uma fonte da estatal à Reuters de que o momento de crise econômica no país dificulta um eventual reajuste no preço do produto.
Cyrela destoava, com elevação de 3 por cento, após abrir novo programa de recompra de até 20 milhões de ações.
Embraer também passava ao território positivo, com alta de 0,82 por cento, acompanhando o fortalecimento do dólar ante o real e com notícia de que assinou contrato com o Ministério da Defesa da República de Gana para a venda de cinco aviões turboélice de ataque leve e treinamento avançado A-29 Super Tucano. "Leitura positiva na margem", disse o BTG Pactual em nota a clientes.