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Previsão de operador perde valor com corte indireto de juros

A crescente diferença entre as taxas de juros está tornando inúteis os modelos de operadores criados para calcular a mudanças na Selic nos meses seguintes

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini: ao permitir que a taxa overnight caia, Tombini está acrescentando estímulo à economia sem precisar promover o 11º corte na Selic desde 2011 (REUTERS/Ueslei Marcelino)
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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo -A omissão do Banco Central em fazer valer a sua taxa básica de juros, a Selic, no mercado está minando a capacidade dos operadores de prever as decisões do Comitê de Política Monetária.

Economistas já especulam que a inatividade do BC significa um corte implícito de juros. A taxa que os bancos cobram em empréstimos entre si, conhecida como DI, foi de 6,93 por cento em 14 de janeiro, marcando o 23º dia seguido com uma diferença superior a 0,25 ponto percentual abaixo da Selic, hoje em 7,25 por cento.

A diferença de 0,32 ponto é mais que o dobro da média da última década e superior à diferença inferior a 0,1 ponto percentual existente entre as taxas de mercado e a meta dos bancos centrais na vizinha Colômbia, no Chile e nos Estados Unidos.

A crescente diferença entre as taxas, provocada por um aumento nos níveis de caixa, está tornando inúteis os modelos de operadores criados para calcular a probabilidade de mudanças na taxa básica de juros nos meses seguintes, segundo Roberto Padovani, economista-chefe da Votorantim CTVM SA.

Ao permitir que a taxa overnight caia, Tombini está acrescentando estímulo à economia sem precisar promover o 11º corte na Selic desde 2011.

“Este tipo de distorção torna quase impossível prever claramente” o que os operadores estão apostando com relação às decisões futuras, disse Padovani em entrevista por telefone de São Paulo. “Se o Banco Central está tentando estimular esse tipo de distorção para reduzir os custos de capital na economia como um todo, então isso pode ser mais duradouro do que eu imaginaria.”

O Banco Central não quis comentar e disse em uma resposta por e-mail que não se pronuncia sobre movimentos de mercado.

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Economistas já especulam que a inatividade do BC significa um corte implícito de juros. A taxa que os bancos cobram em empréstimos entre si, conhecida como DI, foi de 6,93 por cento em 14 de janeiro, marcando o 23º dia seguido com uma diferença superior a 0,25 ponto percentual abaixo da Selic, hoje em 7,25 por cento.

A diferença de 0,32 ponto é mais que o dobro da média da última década e superior à diferença inferior a 0,1 ponto percentual existente entre as taxas de mercado e a meta dos bancos centrais na vizinha Colômbia, no Chile e nos Estados Unidos.

A crescente diferença entre as taxas, provocada por um aumento nos níveis de caixa, está tornando inúteis os modelos de operadores criados para calcular a probabilidade de mudanças na taxa básica de juros nos meses seguintes, segundo Roberto Padovani, economista-chefe da Votorantim CTVM SA.

Ao permitir que a taxa overnight caia, Tombini está acrescentando estímulo à economia sem precisar promover o 11º corte na Selic desde 2011.

“Este tipo de distorção torna quase impossível prever claramente” o que os operadores estão apostando com relação às decisões futuras, disse Padovani em entrevista por telefone de São Paulo. “Se o Banco Central está tentando estimular esse tipo de distorção para reduzir os custos de capital na economia como um todo, então isso pode ser mais duradouro do que eu imaginaria.”

O Banco Central não quis comentar e disse em uma resposta por e-mail que não se pronuncia sobre movimentos de mercado.

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