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Presidente da Gafisa diz que receios com custos derrubaram ações

Presidente da Gafisa diz que receios com custos derrubaram ações

A quarta maior construtora do Brasil em receita pretende emitir R$ 230 milhões em notas promissórias em duas séries com prazo de 360 dias (CLAUDIO ROSSI)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2011 às 09h45.

São Paulo - A queda das ações da construtora Gafisa SA pode ser resultado de receios dos investidores em relação aos custos de financiamento maiores que o esperado em uma venda de notas promissórias, disse Alceu Duilio Calciolari, presidente da companhia.

A Gafisa não está usando a venda, anunciada em 5 de dezembro, para melhorar seu fluxo de caixa ou refinanciar dívida, já que possui R$ 800 milhões em caixa, disse Calciolari.

A companhia pretende usar os recursos como empréstimo-ponte de um plano “estratégico” que terá andamento nos próximos quatro meses, disse ele, negando-se a dar mais detalhes.

A ação recuou 13 por cento ontem, a maior queda desde novembro de 2008, e acumula uma perda de 20 por cento desde o anúncio da venda das notas promissórias.

“Deve ter causado algum desconforto porque acho que havia a expectativa de um custo mais baixo”, disse Calciolari em entrevista por telefone de São Paulo.


A quarta maior construtora do Brasil em receita pretende emitir R$ 230 milhões em notas promissórias em duas séries com prazo de 360 dias, a primeira a 126 por cento da taxa média diária de juros dos Depósitos Interfinanceiros e a segunda, a 125 por cento, de acordo com um comunicado enviado ao mercado em 5 de dezembro.

Os receios em torno da capacidade da Gafisa de conduzir um plano para reduzir o negócio de baixa renda na Construtora Tenda SA e focar mais na unidade de alta renda Alphaville Urbanismo SA podem também estar influenciando as quedas, disse o executivo.

O lucro caiu 60 por cento no terceiro trimestre na comparação anual com a elevação dos custos da Tenda, disse a empresa em 14 de novembro. “O mercado ficou meio assustado”, disse ele. “Essas reações exageradas a gente tem que esperar.”

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A Gafisa não está usando a venda, anunciada em 5 de dezembro, para melhorar seu fluxo de caixa ou refinanciar dívida, já que possui R$ 800 milhões em caixa, disse Calciolari.

A companhia pretende usar os recursos como empréstimo-ponte de um plano “estratégico” que terá andamento nos próximos quatro meses, disse ele, negando-se a dar mais detalhes.

A ação recuou 13 por cento ontem, a maior queda desde novembro de 2008, e acumula uma perda de 20 por cento desde o anúncio da venda das notas promissórias.

“Deve ter causado algum desconforto porque acho que havia a expectativa de um custo mais baixo”, disse Calciolari em entrevista por telefone de São Paulo.


A quarta maior construtora do Brasil em receita pretende emitir R$ 230 milhões em notas promissórias em duas séries com prazo de 360 dias, a primeira a 126 por cento da taxa média diária de juros dos Depósitos Interfinanceiros e a segunda, a 125 por cento, de acordo com um comunicado enviado ao mercado em 5 de dezembro.

Os receios em torno da capacidade da Gafisa de conduzir um plano para reduzir o negócio de baixa renda na Construtora Tenda SA e focar mais na unidade de alta renda Alphaville Urbanismo SA podem também estar influenciando as quedas, disse o executivo.

O lucro caiu 60 por cento no terceiro trimestre na comparação anual com a elevação dos custos da Tenda, disse a empresa em 14 de novembro. “O mercado ficou meio assustado”, disse ele. “Essas reações exageradas a gente tem que esperar.”

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