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Premiê defende economia da Turquia após queda da bolsa

Autoridades do governo tentaram acalmar os participantes dos mercados depois de violentos protestos no fim de semana intensificarem a pressão de venda sobre os ativos do país


	"A bolsa pode subir e cair, ela não é sempre estável", afirmou o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan
 (Getty Images)

"A bolsa pode subir e cair, ela não é sempre estável", afirmou o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2013 às 13h11.

Istambul - Autoridades do governo da Turquia tentaram acalmar os participantes dos mercados depois de violentos protestos no fim de semana intensificarem a pressão de venda sobre os ativos do país.

"A bolsa pode subir e cair, ela não é sempre estável", afirmou o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, a jornalistas antes de uma visita a Marrocos, Tunísia e Líbia. "Existe confiança na Turquia e a economia turca é um porto seguro", defendeu o premiê, acrescentando que "a queda na bolsa não deve ser ligada a esses eventos".

Os mercados turcos caíram fortemente na semana passada, junto com os mercados de outros países emergentes, pressionados pelo rali do dólar e pela queda dos preços dos bônus do governo dos EUA.

No entanto, diante dos violentos protestos em várias cidades do país no fim de semana, a Bolsa de Istambul opera com perdas de cerca de 9%, ao mesmo tempo que a lira atinge os níveis mais baixos desde o fim de 2011.

Analistas afirmaram que, apesar dos protestos contra o governo estarem pesando sobre os ativos turcos, o país está bem sustentado pelo rápido crescimento econômico, pelos crescentes fluxos de entrada de capital e pelo grau de investimento que recebeu da agência de classificação de risco Moody's no mês passado.

"Eu acho que faz sentido não haver pânico", comentou David Hauner, diretor de economia para a Europa emergente do Bank of America Merrill Lynch. "O governo ainda tem apoio da maioria da população. Dito isso, com um cronograma agitado de eleições adiante (a partir do próximo ano), esses eventos não são benéficos para a confiança do mercado", acrescentou.

Os protestos se espalharam pelo país durante o fim de semana, depois de a política reprimir violentamente uma manifestação relativamente pequena na sexta-feira contra os planos do governo de demolir uma praça no centro de Istambul para a construção de um shopping. Muitos manifestantes ficaram feridos e o protestos se ampliaram para uma demonstração de insatisfação com o governo de Erdogan. Fonte: Dow Jones Newswires.

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