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‘Porto seguro’ do setor: Copel (CPEL6) tem preço-alvo elevado por Itaú

A recomendação de compra também foi reiterada, considerando o recente follow-on e os ganhos esperados com a privatização

Copel (CPLE6): analistas do Itaú BBA estão otimistas com a privatização da companhia paranaense (Copel/Divulgação)
Janize Colaço

Repórter de Invest

Publicado em 28 de setembro de 2023 às 15h33.

Última atualização em 28 de setembro de 2023 às 15h47.

O preço-alvo das ações da Copel (CPEL6) foi elevado de R$ 9,60 para R$ 12 pelo Itaú BBA. Em relatório publicado nesta quinta-feira, 28, o banco reiterou a recomendação de compra, considerando o follow-on recente, a renovação das concessões hídricas e os ganhos de eficiência esperados com a privatização. Por volta das 15h30, os papéis da CPEL6 subiam 1,46%, cotados a R$ 8,33.

No documento, os analistas do Itaú afirmam ver a Copel como um “porto seguro” no setor de serviços públicos, além de apresentar uma avaliação atraente, potenciais catalisadores no futuro e baixo risco de execução. Além disso, eles estimam que em até dois anos as despesas com Pessoal, Material, Serviços de Terceiros e Outros (PMSO) devam reduzir em 15%, levando em conta o programa de demissão voluntária da companhia paranaense.

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“Parte do ganho deve vir do programa de demissão voluntária, lançado recentemente e limitado a um orçamento de R$ 300 milhões em indenizações. As adesões serão efetivadas a partir de 6 de outubro e as demissões devem ocorrer em até 12 meses”, pontuam.

Outro ponto que os analistas destacam são os volumes de energia não contratados que serão comercializados nos próximos anos, principalmente com a renovação da usina hidrelétrica de Foz do Areia. Além disso, a venda da Compagas e da termelétrica Araucária estão no radar. “Estimamos um valor negativo de R$ 100 milhões para Araucária, visto os desafios para encontrar uma solução de gás para contratar a usina.”

E os dividendos da Copel?

Embora os analistas vejam espaço para que haja um aumento nos proventos distribuídos aos acionistas, eles apontam que há poucos indícios sobre mudanças na política de dividendos da Copel. “Prevemos um retorno de dividendos de cerca de 5% para os próximos anos se a política atual for seguida - implicando um pagamento de 50% no médio prazo, dada a alavancagem esperada. No entanto, vemos espaço no balanço da empresa para retornos mais altos, podendo alcançar 8%, na média, se o payout for de 80%.”

Por fim, vale destacar que embora os papéis da CPEL6 tenham sido elevadas, o valor do CPLE3 ficou mantido em R$ 10,9 por ação.

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