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Petróleo sobe com aumento da demanda nos EUA

A continuidade da tensão geopolítica na Ucrânia também contribuiu para dar suporte aos preços

Petróleo: commodity acentuou ritmo de alta após números do Departamento de Energia dos EUA (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2014 às 17h27.

São Paulo - Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta, impulsionados por um aumento da demanda por derivados em um período incomum nos Estados Unidos e pela redução da oferta no centro de armazenamento de Cushing.

A continuidade da tensão geopolítica na Ucrânia também contribuiu para dar suporte aos preços.

O petróleo para junho negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex) subiu US$ 0,67 (0,66%), para US$ 102,37 por barril, maior nível desde 21 de abril.

O contrato do Brent para junho, por sua vez, teve alta de US$ 0,95 (0,87%), fechando a US$ 110,19 por barril na ICE.

A commodity acentuou o ritmo de alta após a divulgação dos números do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) norte-americano.

Os estoques de petróleo bruto nos EUA subiram 947 mil barris na semana encerrada em 9 de maio, quando analistas projetavam estabilidade.

No entanto, a demanda por gasolina, querosene de aviação e outros derivados provocou reação no mercado, segundo analistas e corretores.

A demanda total por esses produtos cresceu 895 mil barris, para 19,4 milhões de barris.

Cerca de metade desse crescimento veio da gasolina, uma surpresa para maio, quando a demanda normalmente é baixa por ser um período que precede a temporada de viagens de verão (do Hemisfério Norte).

Com isso, os estoques de gasolina caíram 772 mil barris. O volume armazenado de destilados teve recuo de 1,124 milhão de barris.

A taxa de utilização da capacidade das refinarias diminuiu de 90,2% para 88,8%.

"O resultado da demanda foi além do esperado", disse Carl Larry, analista da Oil Outlooks & Opinions. "As coisas estão um pouco inseguras por aqui sobre se podemos manter a produção para atender à procura."

Além disso, os estoques de petróleo em Cushing - ponto de entrega física dos contratos negociados na Nymex -, que já estavam no nível mais baixo desde dezembro de 2008, recuaram mais 592 mil barris, ressaltaram analistas de commodities do Barclays.

A avaliação de investidores é de que a oferta no centro de armazenamento está chegando ao ponto mínimo necessário para operações, porque um gasoduto inaugurado em janeiro continua enviando petróleo de Cushing para as refinarias da Costa do Golfo dos EUA.

Enquanto isso, na Ucrânia, a tensão persiste.

O governo ucraniano concordou em abrir as discussões mediadas pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (Osce) para avaliar a possibilidade de dar mais poderes políticos para estados e regiões do país.

Mas a desconfiança com os insurgentes pró-Rússia persiste, o que deve manter os rebeldes distantes das negociações.

O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que a Ucrânia está perto de uma guerra civil.

Para Lavrov, é necessário e urgente encontrar uma solução que leve em consideração o que todas as regiões precisam. Com informações da Dow Jones Newswires.

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São Paulo - Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta, impulsionados por um aumento da demanda por derivados em um período incomum nos Estados Unidos e pela redução da oferta no centro de armazenamento de Cushing.

A continuidade da tensão geopolítica na Ucrânia também contribuiu para dar suporte aos preços.

O petróleo para junho negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex) subiu US$ 0,67 (0,66%), para US$ 102,37 por barril, maior nível desde 21 de abril.

O contrato do Brent para junho, por sua vez, teve alta de US$ 0,95 (0,87%), fechando a US$ 110,19 por barril na ICE.

A commodity acentuou o ritmo de alta após a divulgação dos números do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) norte-americano.

Os estoques de petróleo bruto nos EUA subiram 947 mil barris na semana encerrada em 9 de maio, quando analistas projetavam estabilidade.

No entanto, a demanda por gasolina, querosene de aviação e outros derivados provocou reação no mercado, segundo analistas e corretores.

A demanda total por esses produtos cresceu 895 mil barris, para 19,4 milhões de barris.

Cerca de metade desse crescimento veio da gasolina, uma surpresa para maio, quando a demanda normalmente é baixa por ser um período que precede a temporada de viagens de verão (do Hemisfério Norte).

Com isso, os estoques de gasolina caíram 772 mil barris. O volume armazenado de destilados teve recuo de 1,124 milhão de barris.

A taxa de utilização da capacidade das refinarias diminuiu de 90,2% para 88,8%.

"O resultado da demanda foi além do esperado", disse Carl Larry, analista da Oil Outlooks & Opinions. "As coisas estão um pouco inseguras por aqui sobre se podemos manter a produção para atender à procura."

Além disso, os estoques de petróleo em Cushing - ponto de entrega física dos contratos negociados na Nymex -, que já estavam no nível mais baixo desde dezembro de 2008, recuaram mais 592 mil barris, ressaltaram analistas de commodities do Barclays.

A avaliação de investidores é de que a oferta no centro de armazenamento está chegando ao ponto mínimo necessário para operações, porque um gasoduto inaugurado em janeiro continua enviando petróleo de Cushing para as refinarias da Costa do Golfo dos EUA.

Enquanto isso, na Ucrânia, a tensão persiste.

O governo ucraniano concordou em abrir as discussões mediadas pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (Osce) para avaliar a possibilidade de dar mais poderes políticos para estados e regiões do país.

Mas a desconfiança com os insurgentes pró-Rússia persiste, o que deve manter os rebeldes distantes das negociações.

O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que a Ucrânia está perto de uma guerra civil.

Para Lavrov, é necessário e urgente encontrar uma solução que leve em consideração o que todas as regiões precisam. Com informações da Dow Jones Newswires.

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