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Petróleo sobe a US$ 89,19 com desvalorização do dólar

Por Regina Cardeal Nova York - Os preços dos contratos futuros de petróleo renovaram as máximas em dois anos hoje, quando a desvalorização do dólar e os sinais de um aperto na oferta global de petróleo se sobrepuseram ao fraco relatório sobre o mercado de trabalho dos EUA. Os contratos para janeiro de petróleo leve […]

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2010 às 18h47.

Por Regina Cardeal

Nova York - Os preços dos contratos futuros de petróleo renovaram as máximas em dois anos hoje, quando a desvalorização do dólar e os sinais de um aperto na oferta global de petróleo se sobrepuseram ao fraco relatório sobre o mercado de trabalho dos EUA.

Os contratos para janeiro de petróleo leve fecharam em alta de US$ 1,19, ou 1,35%, a US$ 89,19 por barril na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), após chegarem a US$ 89,25 por barril na máxima da sessão. Na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do petróleo Brent para janeiro terminou em alta de US$ 0,73, ou 0,80%, a US$ 91,42.

O preço do petróleo desafiou as preocupações com a economia dos EUA desencadeadas pela criação de empregos abaixo do que se previa em novembro. Foram criadas 39 mil vagas, segundo o Departamento do Trabalho, bem menos do que as 144 mil previstas pelos economistas. A taxa de desemprego subiu de 9,6% para 9,8%. Os números sugerem que a economia norte-americana continua frágil, mas o petróleo rapidamente se recuperou depois da divulgação dos dados. O dólar caiu, o que ajuda o petróleo por torná-lo mais barato para compradores com outras moedas.

Apesar do relatório de hoje, os dados econômicos nos EUA têm melhorado e a demanda na China, segundo maior consumidor de petróleo do mundo, não deve cair, mesmo com os esforços do governo para desacelerar a economia. Os estoques nos EUA atingiram o maior nível em 27 anos em setembro, mas vêm caindo nos últimos dois meses. Ontem, o JPMorgan afirmou que o preço do petróleo pode atingir US$ 120 o barril em 2012, ao passo que a oferta global continua diminuindo.

O petróleo Brent, referência amplamente usada na Europa e na Ásia, também subiu às máximas em dois anos hoje. Os contratos futuros de petróleo Brent passaram à estrutura de preço conhecida como backwardation - em que os contratos de vencimentos mais curtos custam mais do que os de vencimentos mais longos -, o que é um sinal de que a oferta pode estar apertada. As informações são da Dow Jones.

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