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Petróleo recua quase 4% em NY com crise no Japão

Nova York - Os contratos futuros de petróleo registraram hoje a maior perda diária em quase cinco meses, em meio a temores de que a crise nuclear que sucedeu o terremoto no Japão afete duramente a economia do terceiro maior consumidor mundial da commodity. O contrato de petróleo para entrega em abril negociado na Bolsa […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2011 às 17h56.

Nova York - Os contratos futuros de petróleo registraram hoje a maior perda diária em quase cinco meses, em meio a temores de que a crise nuclear que sucedeu o terremoto no Japão afete duramente a economia do terceiro maior consumidor mundial da commodity.

O contrato de petróleo para entrega em abril negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex) fechou em queda de US$ 4,01 (3,96%), a US$ 97,18 por barril. Trata-se da maior queda porcentual em uma sessão desde outubro e do fechamento mais baixo em duas semanas. Na plataforma eletrônica ICE, o contrato do tipo Brent para abril fechou em queda de US$ 5,15 (4,53%), a US$ 108,52 por barril.

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Equipes japonesas empenhavam-se hoje nos trabalhos para evitar o derretimento de reatores no complexo nuclear de Fukushima, duramente afetado pelo terremoto seguido de tsunami da última sexta-feira. A crise nuclear e seu potencial para retardar os já prejudicados esforços de recuperação do país pressionaram o preço do petróleo, apesar da escalada da tensão no Oriente Médio.

O Bahrein declarou estado de emergência um dia depois de Estados do Golfo Pérsico, entre eles a Arábia Saudita, terem enviado tropas à nação insular, na tentativa de esmagar um levante popular. Em Riad, uma fonte do governo informou que um soldado saudita foi morto por um manifestante no Bahrein. Enquanto isso, as forças leais ao coronel Muamar Kadafi continuam a avançar sobre grupos rebeldes armados na Líbia.

"Está todo mundo correndo em busca de abrigo. Não importa se estão com ações, commodities ou outros ativos. Todo mundo está preocupado com o Japão", avaliou Mark Waggoner, presidente da Excel Futures. "Não fosse pela tensão no Oriente Médio, acho que o preço do petróleo teria caído 6% hoje", especulou.

A crise nuclear no Japão exacerbou temores com relação ao impacto de longo prazo do terremoto. O Japão provavelmente precisará importar mais petróleo e derivados para gerar energia elétrica. Mas a expectativa de aumento da demanda desses produtos por parte do Japão foi ofuscada pelo potencial impacto do terremoto e dos vazamentos de radiação sobre a economia global.

Ryutaro Kono, economista-chefe do BNP Paribas escreveu hoje que o produto interno bruto (PIB) do Japão poderia recuar 3% em 2011 se atual situação de racionamento de energia e diminuição da atividade econômica persistir. As informações são da Dow Jones.

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