Petróleo opera em queda, com volta do Irã ao mercado em foco
Às 8h10 (de Brasília), o Brent para março caía 0,41%, a US$ 28,82 o barril, na ICE, em Londres
Da Redação
Publicado em 18 de janeiro de 2016 às 10h47.
Londres - O petróleo opera em queda nesta segunda-feira, com os contratos em Londres e Nova York tendo operado mais cedo abaixo de US$ 30 o barril.
O contrato na Europa continua nesse patamar, enquanto nos Estados Unidos houve leve recuperação e o contrato para março estava um pouco acima dessa marca, mas ainda mostra fraqueza.
Às 8h10 (de Brasília), o Brent para março caía 0,41%, a US$ 28,82 o barril, na ICE, em Londres. O petróleo para fevereiro recuava 0,65%, a US$ 29,23 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o contrato para março, mais líquido, tinha queda de 0,53%, a US$ 30,23 o barril na Nymex.
A perspectiva de que o Irã exporte até 500 mil barris de petróleo ao dia, em um mercado já com excesso de oferta, é a principal preocupação. Muitos observadores do mercado acreditam que a situação pode piorar nas próximas semanas e que o patamar de US$ 25 o barril pode em breve ser testado.
"Nós devemos ver alguma resposta no preço no início da semana, mas isso já era largamente esperado pelo mercado", afirma o Morgan Stanley em relatório. O banco acrescenta que o afrouxamento de restritivas sanções nos setores financeiro e comercial "podem trazer alguma normalidade e significativo crescimento econômico" ao Irã.
Segundo o Morgan Stanley, como a capacidade de refino iraniana é limitada, esse crescimento "poderia causar um aumento significativo na demanda local por gasolina e nas importações, o que seria uma compensação parcial para o aumento da oferta" no mercado global.
O momento exato em que deve aumentar a exportação iraniana de petróleo ainda não está claro. Há dúvidas sobre, por exemplo, quanto de petróleo o país tem estocado e que poderia ser liberado imediatamente, bem como sobre o tamanho do desconto que Teerã oferecerá por seu petróleo para garantir uma fatia maior no mercado.
"O Irã tem recursos excelentes de petróleo e gás, mas para atingir seu potencial completo é um pré-requisito adotar medidas de investimento de longo prazo e o engajamento das companhias internacionais do setor", afirma Norbert Ruecker, diretor de pesquisa em commodities do banco suíço Julius Baer. Ele lembra, porém, que o momento no mercado não é o ideal para que essas coisas aconteçam.
Enquanto isso, a produção de petróleo norte-americana continua a mostrar força e não recua abaixo de 9 milhões de barris ao dia. A demanda, por sua vez, começa a parecer "espetacularmente fraca", na avaliação do Barclays.
O banco do Reino Unido disse em nota que a demanda dos EUA por produtos refinados está 800 mil barris ao dia menor que a média de janeiro de 2015. O inverno mais brando é apontado como responsável por isso, com as temperaturas em média 15% mais altas em 2016.
O Barclays adverte, porém, que a magnitude do declínio é tão forte que é possível que estejamos diante de um problema mais sério em relação à demanda.
Londres - O petróleo opera em queda nesta segunda-feira, com os contratos em Londres e Nova York tendo operado mais cedo abaixo de US$ 30 o barril.
O contrato na Europa continua nesse patamar, enquanto nos Estados Unidos houve leve recuperação e o contrato para março estava um pouco acima dessa marca, mas ainda mostra fraqueza.
Às 8h10 (de Brasília), o Brent para março caía 0,41%, a US$ 28,82 o barril, na ICE, em Londres. O petróleo para fevereiro recuava 0,65%, a US$ 29,23 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o contrato para março, mais líquido, tinha queda de 0,53%, a US$ 30,23 o barril na Nymex.
A perspectiva de que o Irã exporte até 500 mil barris de petróleo ao dia, em um mercado já com excesso de oferta, é a principal preocupação. Muitos observadores do mercado acreditam que a situação pode piorar nas próximas semanas e que o patamar de US$ 25 o barril pode em breve ser testado.
"Nós devemos ver alguma resposta no preço no início da semana, mas isso já era largamente esperado pelo mercado", afirma o Morgan Stanley em relatório. O banco acrescenta que o afrouxamento de restritivas sanções nos setores financeiro e comercial "podem trazer alguma normalidade e significativo crescimento econômico" ao Irã.
Segundo o Morgan Stanley, como a capacidade de refino iraniana é limitada, esse crescimento "poderia causar um aumento significativo na demanda local por gasolina e nas importações, o que seria uma compensação parcial para o aumento da oferta" no mercado global.
O momento exato em que deve aumentar a exportação iraniana de petróleo ainda não está claro. Há dúvidas sobre, por exemplo, quanto de petróleo o país tem estocado e que poderia ser liberado imediatamente, bem como sobre o tamanho do desconto que Teerã oferecerá por seu petróleo para garantir uma fatia maior no mercado.
"O Irã tem recursos excelentes de petróleo e gás, mas para atingir seu potencial completo é um pré-requisito adotar medidas de investimento de longo prazo e o engajamento das companhias internacionais do setor", afirma Norbert Ruecker, diretor de pesquisa em commodities do banco suíço Julius Baer. Ele lembra, porém, que o momento no mercado não é o ideal para que essas coisas aconteçam.
Enquanto isso, a produção de petróleo norte-americana continua a mostrar força e não recua abaixo de 9 milhões de barris ao dia. A demanda, por sua vez, começa a parecer "espetacularmente fraca", na avaliação do Barclays.
O banco do Reino Unido disse em nota que a demanda dos EUA por produtos refinados está 800 mil barris ao dia menor que a média de janeiro de 2015. O inverno mais brando é apontado como responsável por isso, com as temperaturas em média 15% mais altas em 2016.
O Barclays adverte, porém, que a magnitude do declínio é tão forte que é possível que estejamos diante de um problema mais sério em relação à demanda.