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Petróleo opera em queda à espera da ata do Fed

O maior destaque na agenda desta quarta-feira é a ata da última reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc), do Federal Reserve, que será divulgada às 15h

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2013 às 09h07.

Londres - Os contratos futuros de petróleo operam em baixa, depois de dois dias de ganhos, e analistas afirmam que o apoio que vem sendo fornecido pelos bancos centrais está reduzindo o impacto de indicadores recentes ruins sobre a economia dos EUA.

O maior destaque na agenda desta quarta-feira é a ata da última reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc), do Federal Reserve, que será divulgada às 15h (de Brasília). Segundo Ole Hansen, analista do Saxo Bank, provavelmente a ata será benéfica para os preços do petróleo.

"A ata provavelmente vai confirmar a continuação do suporte por meio de compras de ativos", disse Hansen, acrescentando que deverá haver mais rali no mercado de petróleo como resultado disso. "Eu não acho que a retórica em direção ao fim das compras de ativos vai aumentar", observou.

A ata do Fomc vai indicar qual é a interpretação do Fed sobre os dados fracos do mercado de trabalho norte-americano divulgados na semana passada, de acordo com analistas da Capital Spreads.

Os indicadores mostraram que apenas 88 mil empregos foram criados nos EUA em março, bem menos que o previsto e o menor número em nove meses, e tiveram efeito negativo sobre os preços do petróleo.


Embora isso sugira que a intervenção dos bancos centrais é a força motora mais importante no mercado atualmente, analistas do Deutsche Bank afirmam que os fundamentos - e não as decisões de política - estão ganhando força como fatores de direção para as commodities.

"As correlações cruzadas entre ações, crédito, câmbio e commodities tem diminuído em 2013", escreveram os analistas em um relatório a clientes. Segundo eles, isso indica um movimento nos mercados de commodities de volta a "fundamentos físicos, como demanda, oferta e estoques, o que em muitos casos mostra superávit". Tal movimento sugeriria uma provável queda nos preços, em vez de mais ganhos.

Uma mudança na estrutura do mercado durante os últimos dias viu o segundo vencimento do brent operar acima do contrato de maio. Agora os contratos estão operando com diferença de poucos centavos entre um e outro, sugerindo uma falta de clareza sobre se os compradores acham que o preço vai subir ou cair nos próximos dois meses.

Às 7h35 (de Brasília), o petróleo para maio negociado na Nymex caía 0,19%, para US$ 94,02 por barril, enquanto o brent para maio recuava 0,26% na ICE, para US$ 105,95 por barril. As informações são da Dow Jones.

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Londres - Os contratos futuros de petróleo operam em baixa, depois de dois dias de ganhos, e analistas afirmam que o apoio que vem sendo fornecido pelos bancos centrais está reduzindo o impacto de indicadores recentes ruins sobre a economia dos EUA.

O maior destaque na agenda desta quarta-feira é a ata da última reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc), do Federal Reserve, que será divulgada às 15h (de Brasília). Segundo Ole Hansen, analista do Saxo Bank, provavelmente a ata será benéfica para os preços do petróleo.

"A ata provavelmente vai confirmar a continuação do suporte por meio de compras de ativos", disse Hansen, acrescentando que deverá haver mais rali no mercado de petróleo como resultado disso. "Eu não acho que a retórica em direção ao fim das compras de ativos vai aumentar", observou.

A ata do Fomc vai indicar qual é a interpretação do Fed sobre os dados fracos do mercado de trabalho norte-americano divulgados na semana passada, de acordo com analistas da Capital Spreads.

Os indicadores mostraram que apenas 88 mil empregos foram criados nos EUA em março, bem menos que o previsto e o menor número em nove meses, e tiveram efeito negativo sobre os preços do petróleo.


Embora isso sugira que a intervenção dos bancos centrais é a força motora mais importante no mercado atualmente, analistas do Deutsche Bank afirmam que os fundamentos - e não as decisões de política - estão ganhando força como fatores de direção para as commodities.

"As correlações cruzadas entre ações, crédito, câmbio e commodities tem diminuído em 2013", escreveram os analistas em um relatório a clientes. Segundo eles, isso indica um movimento nos mercados de commodities de volta a "fundamentos físicos, como demanda, oferta e estoques, o que em muitos casos mostra superávit". Tal movimento sugeriria uma provável queda nos preços, em vez de mais ganhos.

Uma mudança na estrutura do mercado durante os últimos dias viu o segundo vencimento do brent operar acima do contrato de maio. Agora os contratos estão operando com diferença de poucos centavos entre um e outro, sugerindo uma falta de clareza sobre se os compradores acham que o preço vai subir ou cair nos próximos dois meses.

Às 7h35 (de Brasília), o petróleo para maio negociado na Nymex caía 0,19%, para US$ 94,02 por barril, enquanto o brent para maio recuava 0,26% na ICE, para US$ 105,95 por barril. As informações são da Dow Jones.

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