Petróleo opera em baixa, após alta forte na sessão anterior
Às 8h15, o petróleo para outubro caía 0,14%, a US$ 42,50 o barril na Nymex, enquanto o Brent recuava 0,53%, a US$ 47,31 o barril na plataforma ICE, em Londres
Da Redação
Publicado em 28 de agosto de 2015 às 08h48.
Londres - A forte reação nos preços do petróleo perde fôlego nesta sexta-feira, com os contratos voltando a operar em baixa, ainda que moderada. Investidores realizavam lucros e também havia o temor de que o excesso de oferta volte a pesar no cenário.
Os preços começaram a sexta-feira nos negócios europeus em território positivo, mas passaram a cair.
Analistas concluíram que, ainda que os dados econômicos dos Estados Unidos tenham dado estímulo para os ganhos de 10% da quinta-feira, muito dos ganhos vieram com investidores cobrindo posições e realizando lucros.
Agora, o mercado volta a enfocar os fundamentos e o excesso de oferta.
"É preciso algum tipo de mudança nos fundamentos para mover o petróleo realmente para cima", disse Bjarne Schieldrop, analista-chefe de commodities da SEB Markets. "A alta no preço do petróleo de janeiro a maio foi puxada pelo otimismo sobre o reequilíbrio do mercado e nós não temos esse otimismo no momento."
Às 8h15 (de Brasília), o petróleo para outubro caía 0,14%, a US$ 42,50 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent recuava 0,53%, a US$ 47,31 o barril na plataforma ICE, em Londres.
Na quinta-feira, o preço do Brent teve a maior alta diária em dólares desde junho de 2012.
"Os números bons do PIB dos EUA e o potencial atraso na alta dos juros pelo Fed [Federal Reserve, o banco central norte-americano] parecem ter sido digeridos na última noite e no início desta manhã", disse Michael Poulsen, especialista em petróleo da Global Risk Management. "Agora, estamos vendo um pouco de queda."
O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu a uma taxa anualizada de 3,7% no segundo trimestre, após ajustes, acima da estimativa inicial de 2,3%.
Os novos pedidos de seguro-desemprego recuaram 6 mil na última semana, para 271 mil, segundo o Departamento do Trabalho. Os sinais positivos na atividade econômica e no emprego impulsionam a demanda por petróleo.
Os mercados de petróleo também estiveram apoiados na quinta-feira após o Wall Street Journal informar que a Venezuela, que enfrenta um problema de falta de abastecimento de alguns produtos, pediu uma reunião de emergência da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), em coordenação com a Rússia, para tentar conter a queda no preço da commodity.
Nesta sexta-feira, analistas mostram-se mais sóbrios, dizendo que os pedidos de membros da Opep não são algo novo e que ainda há um cenário de excesso de oferta.
"Uma mudança na política da Opep pode ajudar a alterar essa dinâmica, mas não esperamos nem mesmo uma pequena mudança no rumo para os próximos três meses", afirmou Paul Horsnell, diretor de pesquisa em commodities do Standard Chartered.
Londres - A forte reação nos preços do petróleo perde fôlego nesta sexta-feira, com os contratos voltando a operar em baixa, ainda que moderada. Investidores realizavam lucros e também havia o temor de que o excesso de oferta volte a pesar no cenário.
Os preços começaram a sexta-feira nos negócios europeus em território positivo, mas passaram a cair.
Analistas concluíram que, ainda que os dados econômicos dos Estados Unidos tenham dado estímulo para os ganhos de 10% da quinta-feira, muito dos ganhos vieram com investidores cobrindo posições e realizando lucros.
Agora, o mercado volta a enfocar os fundamentos e o excesso de oferta.
"É preciso algum tipo de mudança nos fundamentos para mover o petróleo realmente para cima", disse Bjarne Schieldrop, analista-chefe de commodities da SEB Markets. "A alta no preço do petróleo de janeiro a maio foi puxada pelo otimismo sobre o reequilíbrio do mercado e nós não temos esse otimismo no momento."
Às 8h15 (de Brasília), o petróleo para outubro caía 0,14%, a US$ 42,50 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent recuava 0,53%, a US$ 47,31 o barril na plataforma ICE, em Londres.
Na quinta-feira, o preço do Brent teve a maior alta diária em dólares desde junho de 2012.
"Os números bons do PIB dos EUA e o potencial atraso na alta dos juros pelo Fed [Federal Reserve, o banco central norte-americano] parecem ter sido digeridos na última noite e no início desta manhã", disse Michael Poulsen, especialista em petróleo da Global Risk Management. "Agora, estamos vendo um pouco de queda."
O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu a uma taxa anualizada de 3,7% no segundo trimestre, após ajustes, acima da estimativa inicial de 2,3%.
Os novos pedidos de seguro-desemprego recuaram 6 mil na última semana, para 271 mil, segundo o Departamento do Trabalho. Os sinais positivos na atividade econômica e no emprego impulsionam a demanda por petróleo.
Os mercados de petróleo também estiveram apoiados na quinta-feira após o Wall Street Journal informar que a Venezuela, que enfrenta um problema de falta de abastecimento de alguns produtos, pediu uma reunião de emergência da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), em coordenação com a Rússia, para tentar conter a queda no preço da commodity.
Nesta sexta-feira, analistas mostram-se mais sóbrios, dizendo que os pedidos de membros da Opep não são algo novo e que ainda há um cenário de excesso de oferta.
"Uma mudança na política da Opep pode ajudar a alterar essa dinâmica, mas não esperamos nem mesmo uma pequena mudança no rumo para os próximos três meses", afirmou Paul Horsnell, diretor de pesquisa em commodities do Standard Chartered.