Petróleo ganha força após decisão dos EUA sobre a Síria
O avanço foi impulsionado pela informação de que o presidente dos EUA, Barack Obama, autorizou seu governo a fornecer armas para os rebeldes sírios
Da Redação
Publicado em 14 de junho de 2013 às 08h34.
Londres - Os contratos futuros de petróleo superaram o texto das faixas recentes de oscilação depois que notícias geopolíticas substituíram os indicadores macroeconômicos no papel de guia para os preços.
O avanço foi impulsionado pela informação de que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, autorizou seu governo a fornecer armas para os rebeldes que combatem o governo de Bashar Assad na Síria.
A decisão de Obama ampliou significativamente o risco de o conflito que já dura dois anos no país se espalhar para outras nações do Oriente Médio. Analistas expressaram receios de que o armamento de rebeldes signifique que a guerra civil se transformará em uma guerra dos EUA contra o Irã e o Hezbollah.
Embora a Síria produza e exporte relativamente pouco petróleo, mesmo antes da guerra civil, ela fica próxima a grandes países produtores - como Irã e Iraque - e a um importante ponto de distribuição regional - a Turquia. Combinando isso com a nervosa situação política e sectária da região, aumenta a ameaça de o conflito transpor as fronteiras.
"De uma forma ou de outra o conflito sírio está se aprofundando. Ele não apenas está se transformando em uma guerra entre EUA e Rússia, mas também em uma guerra entre EUA e Irã e ninguém sabe como isso vai terminar, porque o exército norte-americano não pode perder força frente ao Irã e ao Hezbollah", comentou Olivier Jakob, analista da Petromatrix.
Também no Oriente Médio, outro foco são as eleições presidenciais no Irã, que começaram nesta sexta-feira, 14. Dependendo do resultado, poderá haver uma mudança no estilo das negociações iranianas com o Ocidente sobre o controverso programa nuclear do país.
No entanto, dificilmente isso vai significar um fim para as sanções que estão mantendo boa parte do petróleo do Irã fora dos mercados.
Ainda existem outras ameaças à oferta. Um ataque a um oleoduto pode prejudicar as conversas destinadas a solucionar uma disputa entre o Sudão e o Sudão do Sul. Enquanto isso na Líbia, a produção de petróleo bruto caiu abaixo de 1 milhão de barris por dia em meio a grandes protestos nos terminais.
Nesse contexto, o brent atingiu o nível mais alto em cinco semanas e o contrato na Nymex subiu para o maior patamar desde abril. Às 7h56 (de Brasília), o brent para agosto avançava 0,40% na ICE, para US$ 105,37 por barril, e o contrato para julho negociado na Nymex ganhava 0,36%, para US$ 97,04 por barril. Fonte: Dow Jones Newswires.
Londres - Os contratos futuros de petróleo superaram o texto das faixas recentes de oscilação depois que notícias geopolíticas substituíram os indicadores macroeconômicos no papel de guia para os preços.
O avanço foi impulsionado pela informação de que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, autorizou seu governo a fornecer armas para os rebeldes que combatem o governo de Bashar Assad na Síria.
A decisão de Obama ampliou significativamente o risco de o conflito que já dura dois anos no país se espalhar para outras nações do Oriente Médio. Analistas expressaram receios de que o armamento de rebeldes signifique que a guerra civil se transformará em uma guerra dos EUA contra o Irã e o Hezbollah.
Embora a Síria produza e exporte relativamente pouco petróleo, mesmo antes da guerra civil, ela fica próxima a grandes países produtores - como Irã e Iraque - e a um importante ponto de distribuição regional - a Turquia. Combinando isso com a nervosa situação política e sectária da região, aumenta a ameaça de o conflito transpor as fronteiras.
"De uma forma ou de outra o conflito sírio está se aprofundando. Ele não apenas está se transformando em uma guerra entre EUA e Rússia, mas também em uma guerra entre EUA e Irã e ninguém sabe como isso vai terminar, porque o exército norte-americano não pode perder força frente ao Irã e ao Hezbollah", comentou Olivier Jakob, analista da Petromatrix.
Também no Oriente Médio, outro foco são as eleições presidenciais no Irã, que começaram nesta sexta-feira, 14. Dependendo do resultado, poderá haver uma mudança no estilo das negociações iranianas com o Ocidente sobre o controverso programa nuclear do país.
No entanto, dificilmente isso vai significar um fim para as sanções que estão mantendo boa parte do petróleo do Irã fora dos mercados.
Ainda existem outras ameaças à oferta. Um ataque a um oleoduto pode prejudicar as conversas destinadas a solucionar uma disputa entre o Sudão e o Sudão do Sul. Enquanto isso na Líbia, a produção de petróleo bruto caiu abaixo de 1 milhão de barris por dia em meio a grandes protestos nos terminais.
Nesse contexto, o brent atingiu o nível mais alto em cinco semanas e o contrato na Nymex subiu para o maior patamar desde abril. Às 7h56 (de Brasília), o brent para agosto avançava 0,40% na ICE, para US$ 105,37 por barril, e o contrato para julho negociado na Nymex ganhava 0,36%, para US$ 97,04 por barril. Fonte: Dow Jones Newswires.