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Petróleo fecha em queda de 1,21% a US$ 99,01 em NY

Nova York - Os preços do petróleo caíram, refletindo a expectativa de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) eleve suas quotas de produção na reunião desta quarta-feira. Os delegados de alguns países membros da Opep disseram que o cartel deverá pelo menos estudar uma elevação em seu teto de produção, que está […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2011 às 17h28.

Nova York - Os preços do petróleo caíram, refletindo a expectativa de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) eleve suas quotas de produção na reunião desta quarta-feira. Os delegados de alguns países membros da Opep disseram que o cartel deverá pelo menos estudar uma elevação em seu teto de produção, que está inalterado desde 2008, de modo a dar legitimidade a cerca de 1,5 milhão de barris por dia que têm sido produzidos para além da meta.

Segundo Nobuo Tanaka, diretor-executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), a Opep precisa elevar a oferta de petróleo não só para dar legitimidade à produção excessiva, mas porque os preços elevados, "no atual estágio do ciclo econômico, trazem o risco de descarrilar a recuperação econômica mundial".

O influente ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Ali Naimi, disse a um jornal de seu país que é cedo demais para dizer se a Opep vai elevar sua meta de produção na reunião desta semana. O Irã, segundo maior produtor da Opep e detentor atual da presidência rotativa da Opep, disse que o mercado está adequadamente abastecido e que os preços atuais são justos.

Já os analistas do JPMorgan disseram em nota que "no fim das contas, aqueles que puderem aumentar sua produção vão fazer isso, independentemente de uma decisão coletiva da Opep".

Entre os fatores para a queda dos preços hoje está a decisão do governo dos EUA, anunciada ontem de permitir que a TransCanada retome as operações do oleoduto Keystone, que transporta cerca de 600 mil barris por dia de petróleo bruto para o Meio-Oeste dos EUA. Esse oleoduto estava fechado desde 29 de maio, depois de um vazamento.

O mercado também acompanha com atenção os acontecimentos do Iêmen, onde o presidente Ali Abdullah Saleh, que está no poder há 31 anos, enfrenta manifestações diárias por sua renúncia. Saleh foi ferido em um ataque ao palácio presidencial de Sanaa na última sexta-feira e no fim de semana foi buscar tratamento médico na vizinha Arábia Saudita.

O Iêmen não é um dos maiores produtores de petróleo; ele produz cerca de 170 mil barris por dia. Mas, situado na ponta sul da Península da Arábia, o país controla o estreito de Bab el-Mendab, por onde passam cerca de 3,5 milhões de barris por dia, ou 4% do consumo mundial.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), os contratos de petróleo bruto para julho fecharam abaixo dos US$ 100 por barril pela primeira vez desde 24 de maio; eles chegaram ao fim da sessão a US$ 99,01 por barril, em queda de US$ 1,21 (1,21%). Na plataforma ICE, os contratos do petróleo Brent para julho fecharam a US$ 114,48 por barril, em queda de US$ 1,36 (1,17%). As informações são da Dow Jones.

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Nova York - Os preços do petróleo caíram, refletindo a expectativa de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) eleve suas quotas de produção na reunião desta quarta-feira. Os delegados de alguns países membros da Opep disseram que o cartel deverá pelo menos estudar uma elevação em seu teto de produção, que está inalterado desde 2008, de modo a dar legitimidade a cerca de 1,5 milhão de barris por dia que têm sido produzidos para além da meta.

Segundo Nobuo Tanaka, diretor-executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), a Opep precisa elevar a oferta de petróleo não só para dar legitimidade à produção excessiva, mas porque os preços elevados, "no atual estágio do ciclo econômico, trazem o risco de descarrilar a recuperação econômica mundial".

O influente ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Ali Naimi, disse a um jornal de seu país que é cedo demais para dizer se a Opep vai elevar sua meta de produção na reunião desta semana. O Irã, segundo maior produtor da Opep e detentor atual da presidência rotativa da Opep, disse que o mercado está adequadamente abastecido e que os preços atuais são justos.

Já os analistas do JPMorgan disseram em nota que "no fim das contas, aqueles que puderem aumentar sua produção vão fazer isso, independentemente de uma decisão coletiva da Opep".

Entre os fatores para a queda dos preços hoje está a decisão do governo dos EUA, anunciada ontem de permitir que a TransCanada retome as operações do oleoduto Keystone, que transporta cerca de 600 mil barris por dia de petróleo bruto para o Meio-Oeste dos EUA. Esse oleoduto estava fechado desde 29 de maio, depois de um vazamento.

O mercado também acompanha com atenção os acontecimentos do Iêmen, onde o presidente Ali Abdullah Saleh, que está no poder há 31 anos, enfrenta manifestações diárias por sua renúncia. Saleh foi ferido em um ataque ao palácio presidencial de Sanaa na última sexta-feira e no fim de semana foi buscar tratamento médico na vizinha Arábia Saudita.

O Iêmen não é um dos maiores produtores de petróleo; ele produz cerca de 170 mil barris por dia. Mas, situado na ponta sul da Península da Arábia, o país controla o estreito de Bab el-Mendab, por onde passam cerca de 3,5 milhões de barris por dia, ou 4% do consumo mundial.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), os contratos de petróleo bruto para julho fecharam abaixo dos US$ 100 por barril pela primeira vez desde 24 de maio; eles chegaram ao fim da sessão a US$ 99,01 por barril, em queda de US$ 1,21 (1,21%). Na plataforma ICE, os contratos do petróleo Brent para julho fecharam a US$ 114,48 por barril, em queda de US$ 1,36 (1,17%). As informações são da Dow Jones.

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