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Petróleo fecha em queda com dúvidas sobre cortes na Opep

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para fevereiro fechou em queda de 3,76%, a US$ 51,96 o barril

Opep: na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para março recuou 3,78%, a US$ 54,94 por barril (Joe Klamar/AFP)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de janeiro de 2017 às 19h08.

São Paulo - Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte queda na sessão desta segunda-feira, 9, refletindo as crescentes dúvidas dos investidores sobre a aderência a um corte na produção da commodity por parte de membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo ( Opep ) e de países fora do cartel que concordaram em reduzir a oferta no ano passado.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para fevereiro fechou em queda de 3,76%, a US$ 51,96 o barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para março recuou 3,78%, a US$ 54,94 por barril.

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O petróleo recuou e chegou ao nível mais baixo desde meados de dezembro após o décimo aumento semanal consecutivo do número de poços e plataformas em atividade nos Estados Unidos, divulgado na sexta-feira pela Baker Hughes, sugerindo maiores ganhos na produção de petróleo bruto em território americano.

"As preocupações com a recuperação da produção de petróleo nos EUA provavelmente irão limitar a capacidade da commodity de subir rápido demais, mesmo que o equilíbrio entre a demanda global e a oferta estejam próximos", disse Robbie Fraser, analista de commodities da Schneider Electric.

"Como tal, os EUA, juntamente com os membros isentos da Opep (Líbia e Nigéria), serão os países mais importantes a serem observados nos próximos seis meses em termos de potencialidade de produção", afirmou.

Hoje, os preços do petróleo aprofundaram as perdas após relatos de que a produção de petróleo na Nigéria aumentou 1,9 milhão de barris em dezembro - o que gerou temores com o excesso da oferta e minou a confiança dos investidores em relação ao acordo da Opep, assinado em 30 de novembro.

Apesar disso, outros países informaram que pretendem manter o compromisso de reduzir a oferta da commodity.

A Rússia teria cortado sua produção no início de janeiro em cerca de 100 mil barris por dia em relação ao mês anterior, segundo relatos do mercado.

(Com informações da Dow Jones Newswires)

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