Mercados

Petróleo avança por dados nos EUA e sobe 2% na semana

Dados sobre o mercado de trabalho e a atividade industrial nos EUA animaram o mercado em meio a uma alta nos estoques e queda na demanda


	Plataforma de petróleo: o contrato da commodity para março registrou variação positiva de 0,29%

Plataforma de petróleo: o contrato da commodity para março registrou variação positiva de 0,29%

DR

Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2013 às 18h16.

Os contratos futuros de petróleo negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) fecharam em leve alta nesta sexta-feira, após dados positivos sobre a economia dos Estados Unidos elevarem as projeções para a demanda pela commodity. Na Europa, o Brent atingiu o maior nível em quase quatro meses, em meio às tensões geopolíticas no Oriente Médio.

O contrato de petróleo para março avançou US$ 0,28 (0,29%), fechando a US$ 97,77 o barril. Na semana, a alta foi de 1,97%. Na plataforma eletrônica ICE, o barril do petróleo do tipo Brent para março ganhou US$ 1,21 (1,05%) e encerrou a US$ 116,76, o nível mais elevado desde 13 de setembro. No acumulado da semana, a valorização ficou em 3,07%.

Os contratos da Nymex estão sob pressão em função de uma alta nos estoques antes de uma queda na demanda, resultado de manutenções temporárias em refinarias. A Enterprise Products Partners, que opera o oleoduto Seaway, teve de reduzir o fluxo na linha, que leva o petróleo da região do Meio-Oeste para a costa do Golfo do México. Mais cedo, a empresa informou que o problema só deve ser resolvido no começo do quarto trimestre.

Dados do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do governo dos EUA mostram que os estoques em Cushing (Oklahoma), que é o ponto de entrega física dos contratos negociados na Nymex, são suficientes para cobrir por 35 dias as necessidades das refinarias. Esse é o maior nível desde 1992, quando começou a medição. Enquanto isso o contrato do tipo Brent, que é o referencial na Europa, registrou alta mais acentuada, impulsionado pelos temores geopolíticos no Oriente Médio, após Israel atacar a fronteira da Síria com o Líbano. Além disso, um ataque suicida atingiu a embaixada dos EUA na Turquia.

"Nós acreditamos que a alta do petróleo é resultado do forte fluxo no mercado, e não de um aperto na oferta", comenta Tim Evans, analista do Citi Futures. Segundo ele, o complexo do petróleo está sobrevalorizado, mas o petróleo bruto ainda pode ter espaço para subir. "O receio com o ataque na Turquia se deve ao fato de que diversos oleodutos passam pelo país. Mas acreditamos que isso não terá um impacto dramático", afirmou Tariq Zahir, sócio-gerente da Tyche Capital Advisors.

O mais aguardado indicador do dia, o relatório mensal sobre o mercado de trabalho norte-americano, em um primeiro momento, pareceu ruim. A economia dos EUA criou 157 mil empregos em janeiro, abaixo dos 166 mil previstos. Apesar do número abaixo do esperado, revisões feitas em dados anteriores deram sinais mais positivos.

Os informes sobre atividade industrial também foram bem recebidos. O índice de atividade dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial dos EUA subiu para 55,8 em janeiro, o nível mais alto em nove meses na pesquisa da Markit. E o PMI industrial medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM, em inglês) subiu para 53,1 em janeiro, superando a previsão dos analistas de alta para 51,0. As informações são da Dow Jones e da Market News International.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresEnergiaPetróleo

Mais de Mercados

Fundador do Telegram anuncia lucro líquido pela primeira vez em 2024

Banco Central fará leilão à vista de até US$ 3 bi na quinta-feira

Marcopolo avança na eletrificação com aquisição de participação em empresa chilena

Suzano (SUZB3) aprova pagamento de R$ 657 milhões em juros sobre capital próprio