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Petrobras prepara megacaptação; demanda supera US$12 bi

Empresa deve precificar nesta segunda-feira uma emissão multibilionária de bônus no exterior

Plataforma da Petrobras: curva de rendimento dos bônus da Petrobras inclinou cerca de 15 pontos básicos (André Valentim/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2014 às 12h11.

São Paulo - A Petrobras deve precificar nesta segunda-feira uma emissão multibilionária de bônus no exterior, potencialmente num montante recorde, informou o IFR, um serviço da Thomson Reuters. Antes do fim da manhã, a demanda pelos papéis já superava os 12 bilhões de dólares.

A subsidiária Petrobras Global Finance pretende vender títulos de dívida em dólares em seis tranches, com vencimentos entre três e 30 anos.

A diferença entre o rendimento dos bônus da Petrobras no exterior e dos Treasuries com prazo equivalente aumentava no mercado secundário, antes da precificação dos novos títulos da estatal brasileira.

Em resposta ao anúncio da nova emissão, a curva de rendimento dos bônus da Petrobras inclinou cerca de 15 pontos básicos.

A nova emissão vai compreender títulos com prazos de três anos e de seis anos, nos dois vencimentos com taxas fixas e flutuantes, e de 10 e de 30 anos com taxas fixas.

As estimativas de preços iniciais, segundo o IFR, eram de Treasuries mais 260 pontos, Libor de três meses mais 246 pontos, Treasuries mais 340 pontos, Libor de três meses mais 298 pontos, Treasuries mais 360 pontos e Treasuries mais 370 pontos, respectivamente, de acordo com o IFR.

Os coordenadores da operação são HSBC, JPMorgan, Citi, Bank of China, BB Investimentos e Bradesco BBI.

Os recursos captados pela Petrobras devem ser usados para ajudar a financiar o plano de negócios da companhia de 2014 a 2018. Os investimentos da empresa estimados para o período de cinco anos foram reduzidos em quase 7 por cento em relação ao plano anterior, ainda assim para o robusto montante de 220,6 bilhões de dólares.


A Petrobras padece de alto endividamento e defasagem dos preços dos combustíveis no mercado interno na comparação com os preços internacionais, além de estar enfrentando obstáculos para elevar sua produção. A ação preferencial da companhia acumula queda de cerca de 22 por cento neste ano até 7 de março, contra perda de 10,2 por cento do Ibovespa.

No ano passado, a Petrobras foi classificada como a empresa mais endividada do mundo em um relatório do Bank of America Merrill Lynch. A empresa vem aumentando o tamanho de suas emissões de bônus em dólares ano após ano, pelo menos desde 2009, elevando os custos de financiamento.

Recentemente, uma fonte disse à Reuters que a Petrobras poderia colocar entre 10 bilhões e 13 bilhões de dólares em títulos no mercado internacional em 2014.

Em maio de 2013, a Petrobras protagonizou a maior captação de bônus em dólares por uma companhia da América Latina, ao vender 11 bilhões de dólares nos mercados internacionais. Também foram seis tranches com prazos entre três e 30 anos, e a demanda naquela ocasião superou os 50 bilhões de dólares.

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São Paulo - A Petrobras deve precificar nesta segunda-feira uma emissão multibilionária de bônus no exterior, potencialmente num montante recorde, informou o IFR, um serviço da Thomson Reuters. Antes do fim da manhã, a demanda pelos papéis já superava os 12 bilhões de dólares.

A subsidiária Petrobras Global Finance pretende vender títulos de dívida em dólares em seis tranches, com vencimentos entre três e 30 anos.

A diferença entre o rendimento dos bônus da Petrobras no exterior e dos Treasuries com prazo equivalente aumentava no mercado secundário, antes da precificação dos novos títulos da estatal brasileira.

Em resposta ao anúncio da nova emissão, a curva de rendimento dos bônus da Petrobras inclinou cerca de 15 pontos básicos.

A nova emissão vai compreender títulos com prazos de três anos e de seis anos, nos dois vencimentos com taxas fixas e flutuantes, e de 10 e de 30 anos com taxas fixas.

As estimativas de preços iniciais, segundo o IFR, eram de Treasuries mais 260 pontos, Libor de três meses mais 246 pontos, Treasuries mais 340 pontos, Libor de três meses mais 298 pontos, Treasuries mais 360 pontos e Treasuries mais 370 pontos, respectivamente, de acordo com o IFR.

Os coordenadores da operação são HSBC, JPMorgan, Citi, Bank of China, BB Investimentos e Bradesco BBI.

Os recursos captados pela Petrobras devem ser usados para ajudar a financiar o plano de negócios da companhia de 2014 a 2018. Os investimentos da empresa estimados para o período de cinco anos foram reduzidos em quase 7 por cento em relação ao plano anterior, ainda assim para o robusto montante de 220,6 bilhões de dólares.


A Petrobras padece de alto endividamento e defasagem dos preços dos combustíveis no mercado interno na comparação com os preços internacionais, além de estar enfrentando obstáculos para elevar sua produção. A ação preferencial da companhia acumula queda de cerca de 22 por cento neste ano até 7 de março, contra perda de 10,2 por cento do Ibovespa.

No ano passado, a Petrobras foi classificada como a empresa mais endividada do mundo em um relatório do Bank of America Merrill Lynch. A empresa vem aumentando o tamanho de suas emissões de bônus em dólares ano após ano, pelo menos desde 2009, elevando os custos de financiamento.

Recentemente, uma fonte disse à Reuters que a Petrobras poderia colocar entre 10 bilhões e 13 bilhões de dólares em títulos no mercado internacional em 2014.

Em maio de 2013, a Petrobras protagonizou a maior captação de bônus em dólares por uma companhia da América Latina, ao vender 11 bilhões de dólares nos mercados internacionais. Também foram seis tranches com prazos entre três e 30 anos, e a demanda naquela ocasião superou os 50 bilhões de dólares.

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