Petrobras lança US$8,5 bi em bônus; demanda supera US$22 bi
Spread no mercado secundário aumenta antes de nova emissão. Recursos deverão ajudar a financiar plano de negócios
Da Redação
Publicado em 10 de março de 2014 às 20h26.
A Petrobras precificou nesta segunda-feira uma oferta de 8,5 bilhões de dólares em bônus no exterior, em seis tranches com vencimentos em três, seis, 10 e 30 anos, com a demanda pelos papéis superando os 22 bilhões de dólares, informou o IFR, um serviço da Thomson Reuters.
Havia expectativas de que a estatal lançasse montante recorde, acima dos 11 bilhões de dólares obtidos em operação similar em maio do ano passado, o que acabou não acontecendo.
Pela manhã, em resposta ao anúncio da emissão, a diferença entre o rendimento dos bônus da Petrobras no exterior e dos Treasuries com prazo equivalente aumentou no mercado secundário, com a curva de rendimento dos bônus da Petrobras inclinando cerca de 15 pontos básicos.
As ações preferenciais da Petrobras fecharam em baixa de 2,3 por cento, com o mercado preocupado com o crescimento da dívida da petroleira.
A operação envolve 1,6 bilhão de dólares em bônus com vencimento em três anos e spread de 250 pontos básicos sobre Treasuries, 1,4 bilhão de dólares em papéis de três anos com spread de 236 pontos sobre a Libor de três meses.
Inclui ainda títulos com prazo de seis anos: 1,5 bilhão de dólares com spread de 330 pontos básicos sobre Treasuries e outros 500 milhões de dólares com spread de 288 pontos sobre a Libor de três meses.
Além disso, há 2,5 bilhões de dólares em papéis de 10 anos com spread de 350 pontos sobre Treasuries e, finalmente, 1 bilhão de dólares em bônus de 30 anos com 360 pontos sobre Treasuries comparáveis, segundo o IFR.
Os coordenadores da operação são HSBC, JPMorgan, Citi, Bank of China, BB Investimentos e Bradesco BBI.
A agência de classificação de risco Fitch definiu nota "BBB" para a emissão.
Os recursos captados pela Petrobras devem ser usados para ajudar a financiar o plano de negócios da companhia de 2014 a 2018. Os investimentos da empresa estimados para o período de cinco anos foram reduzidos em quase 7 por cento em relação ao plano anterior, ainda assim para o robusto montante de 220,6 bilhões de dólares.
A Petrobras padece de alto endividamento e defasagem dos preços dos combustíveis no mercado interno na comparação com os preços internacionais, além de estar enfrentando obstáculos para elevar sua produção.
No ano passado, a Petrobras foi classificada como a empresa mais endividada do mundo em um relatório do Bank of America Merrill Lynch. A empresa vem aumentando o tamanho de suas emissões de bônus em dólares ano após ano, pelo menos desde 2009, elevando os custos de financiamento.
Em maio de 2013, a Petrobras protagonizou a maior captação de bônus em dólares por uma companhia da América Latina, ao vender 11 bilhões de dólares nos mercados internacionais. Também foram seis tranches com prazos entre três e 30 anos, e a demanda naquela ocasião superou os 50 bilhões de dólares.
Atualizado às 20h26min do mesmo dia, para adicionar informações sobre o fechamento do mercado.
A Petrobras precificou nesta segunda-feira uma oferta de 8,5 bilhões de dólares em bônus no exterior, em seis tranches com vencimentos em três, seis, 10 e 30 anos, com a demanda pelos papéis superando os 22 bilhões de dólares, informou o IFR, um serviço da Thomson Reuters.
Havia expectativas de que a estatal lançasse montante recorde, acima dos 11 bilhões de dólares obtidos em operação similar em maio do ano passado, o que acabou não acontecendo.
Pela manhã, em resposta ao anúncio da emissão, a diferença entre o rendimento dos bônus da Petrobras no exterior e dos Treasuries com prazo equivalente aumentou no mercado secundário, com a curva de rendimento dos bônus da Petrobras inclinando cerca de 15 pontos básicos.
As ações preferenciais da Petrobras fecharam em baixa de 2,3 por cento, com o mercado preocupado com o crescimento da dívida da petroleira.
A operação envolve 1,6 bilhão de dólares em bônus com vencimento em três anos e spread de 250 pontos básicos sobre Treasuries, 1,4 bilhão de dólares em papéis de três anos com spread de 236 pontos sobre a Libor de três meses.
Inclui ainda títulos com prazo de seis anos: 1,5 bilhão de dólares com spread de 330 pontos básicos sobre Treasuries e outros 500 milhões de dólares com spread de 288 pontos sobre a Libor de três meses.
Além disso, há 2,5 bilhões de dólares em papéis de 10 anos com spread de 350 pontos sobre Treasuries e, finalmente, 1 bilhão de dólares em bônus de 30 anos com 360 pontos sobre Treasuries comparáveis, segundo o IFR.
Os coordenadores da operação são HSBC, JPMorgan, Citi, Bank of China, BB Investimentos e Bradesco BBI.
A agência de classificação de risco Fitch definiu nota "BBB" para a emissão.
Os recursos captados pela Petrobras devem ser usados para ajudar a financiar o plano de negócios da companhia de 2014 a 2018. Os investimentos da empresa estimados para o período de cinco anos foram reduzidos em quase 7 por cento em relação ao plano anterior, ainda assim para o robusto montante de 220,6 bilhões de dólares.
A Petrobras padece de alto endividamento e defasagem dos preços dos combustíveis no mercado interno na comparação com os preços internacionais, além de estar enfrentando obstáculos para elevar sua produção.
No ano passado, a Petrobras foi classificada como a empresa mais endividada do mundo em um relatório do Bank of America Merrill Lynch. A empresa vem aumentando o tamanho de suas emissões de bônus em dólares ano após ano, pelo menos desde 2009, elevando os custos de financiamento.
Em maio de 2013, a Petrobras protagonizou a maior captação de bônus em dólares por uma companhia da América Latina, ao vender 11 bilhões de dólares nos mercados internacionais. Também foram seis tranches com prazos entre três e 30 anos, e a demanda naquela ocasião superou os 50 bilhões de dólares.
Atualizado às 20h26min do mesmo dia, para adicionar informações sobre o fechamento do mercado.