Petrobras e Vale caem e limitam ganho do Ibovespa

Por Claudia Violante

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo conseguiu engatar hoje sua segunda sessão seguida de alta, mas o avanço foi tímido e não reconduziu o índice Bovespa de volta aos 66 mil pontos. As ações da Petrobras e da Vale pesaram contra o Ibovespa, que, no entanto, foi puxado por papéis de bancos, varejo e construção civil.

O Ibovespa terminou o pregão com elevação de 0,63%, aos 65.771,33 pontos. Na mínima do pregão, registrou 65.110 pontos (-0,38%) e, na máxima, os 66.238 pontos (+1,34%). O resultado acumulado no mês é de uma perda de 1,21% e desde o começo do ano, queda de 5,10%. O giro financeiro totalizou R$ 7,412 bilhões hoje. Os dados são preliminares.

O clima estava mais tranquilo hoje, tanto no exterior quanto no mercado interno. Aqui, a inflação de janeiro pelo IPCA ficou em linha com as previsões dos analistas e fontes informaram que o governo deve anunciar na próxima sexta-feira o corte no Orçamento. No exterior, a agenda esvaziada abriu espaço para notícias corporativas, enquanto o aumento do juro na China - o terceiro desde outubro do ano passado - já havia sido precificado nos ativos, tendo efeito mais firme sobre os preços das matérias-primas (commodities).

Os metais reagiram em queda ao anúncio da China, mas reviram o rumo ao longo da sessão. Em Londres, a maioria das commodities metálicas subiu. O petróleo, ao contrário, recuou: na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato para março perdeu 0,62%, a US$ 86,94 o barril.

Petrobras e Vale acabaram sofrendo no mercado doméstico, num movimento de realização de lucros patrocinado pelos investidores estrangeiros. A estatal de petróleo terminou com recuo de 1,61% na ação ON e de 0,96% na PN. Vale ON perdeu 0,79% e Vale PNA, -0,81%. O setor siderúrgico terminou em alta, assim como construção civil, bancos e varejo.

Nos EUA, as Bolsas operavam em alta. Às 18h20, o Dow Jones subia 0,56%, o S&P-500 avançava 0,31% e o Nasdaq, 0,29%.