Petrobras aumenta os preços, mas ainda não convence o mercado
Analistas aceitaram bem o reajuste na gasolina e no diesel, porém cobram mais produção
Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2011 às 15h41.
São Paulo – Após a novela sobre o anúncio do plano de negócios da Petrobras ( PETR3, PETR4 ), que travou o desempenho das ações por meses até julho, mais uma barreira para o caminho dos papéis da estatal caiu na sexta-feira.
O aumento de 10% nos preços da gasolina e de 2% no diesel – o primeiro desde maio de 2008 - feito após o fechamento da bolsa surpreendeu e criou uma expectativa para o desempenho no pregão de hoje. A reação, contudo, foi tímida e os papéis operam em queda.
Segundo os cálculos da analista Paula Kovarsky, do Itaú BBA, o reajuste gera um ganho de 2,4 bilhões na geração de caixa, o que corresponde a um aumento de 3,5%, mostra um relatório publicado nesta segunda-feira. O banco elevou o preço justo para o final de 2012 aos papéis preferenciais de 28,70 reais para 29,30 reais.
“Vemos o movimento como uma forte ratificação da estratégia da Petrobras em manter os preços em linha com os internacionais de uma maneira suave”, destaca o analista Frank McGann, do BofA Merrill Lynch.
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse no domingo à Reuters que o aumento “dá uma geração de caixa estável para a empresa, independente da flutuação internacional do preço do petróleo".
O problema
Não se pode negar que o reajuste é positivo para a estatal. Mas por que as ações não sobem? Muitos analistas e investidores continuam preocupados com a evolução da produção de petróleo, que tem caminhado lentamente.
“Acreditamos que o desempenho das ações continuará constrangido pela falta de aumentos consistentes de produção no curto prazo”, ressalta Paula, do Itaú BBA, em sua análise.
Além disso, o Deutsche Bank ressalta que o aumento no preço do diesel não foi suficiente para eliminar a diferença em relação aos preços internacionais e o desconto ainda está em 14%. O Morgan Stanley também viu o aumento como pequeno e reduziu as estimativas de lucro para a estatal.
“Em março, argumentamos que a companhia sempre ajustou os preços ao varejo após dois trimestres consecutivos de perdas de margem com refino e isso continua uma verdade. Entretanto, olhando a frente, as preocupações com o crescimento e a retomada da produção na Líbia farão com que novas baixas sejam testadas em 2012, sugerindo que a falta de capacidade de refino e o aumento das importações de diesel e gasolina puxaram o gatilho”, explica o analista Subhojit Daripa, em relatório.
São Paulo – Após a novela sobre o anúncio do plano de negócios da Petrobras ( PETR3, PETR4 ), que travou o desempenho das ações por meses até julho, mais uma barreira para o caminho dos papéis da estatal caiu na sexta-feira.
O aumento de 10% nos preços da gasolina e de 2% no diesel – o primeiro desde maio de 2008 - feito após o fechamento da bolsa surpreendeu e criou uma expectativa para o desempenho no pregão de hoje. A reação, contudo, foi tímida e os papéis operam em queda.
Segundo os cálculos da analista Paula Kovarsky, do Itaú BBA, o reajuste gera um ganho de 2,4 bilhões na geração de caixa, o que corresponde a um aumento de 3,5%, mostra um relatório publicado nesta segunda-feira. O banco elevou o preço justo para o final de 2012 aos papéis preferenciais de 28,70 reais para 29,30 reais.
“Vemos o movimento como uma forte ratificação da estratégia da Petrobras em manter os preços em linha com os internacionais de uma maneira suave”, destaca o analista Frank McGann, do BofA Merrill Lynch.
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse no domingo à Reuters que o aumento “dá uma geração de caixa estável para a empresa, independente da flutuação internacional do preço do petróleo".
O problema
Não se pode negar que o reajuste é positivo para a estatal. Mas por que as ações não sobem? Muitos analistas e investidores continuam preocupados com a evolução da produção de petróleo, que tem caminhado lentamente.
“Acreditamos que o desempenho das ações continuará constrangido pela falta de aumentos consistentes de produção no curto prazo”, ressalta Paula, do Itaú BBA, em sua análise.
Além disso, o Deutsche Bank ressalta que o aumento no preço do diesel não foi suficiente para eliminar a diferença em relação aos preços internacionais e o desconto ainda está em 14%. O Morgan Stanley também viu o aumento como pequeno e reduziu as estimativas de lucro para a estatal.
“Em março, argumentamos que a companhia sempre ajustou os preços ao varejo após dois trimestres consecutivos de perdas de margem com refino e isso continua uma verdade. Entretanto, olhando a frente, as preocupações com o crescimento e a retomada da produção na Líbia farão com que novas baixas sejam testadas em 2012, sugerindo que a falta de capacidade de refino e o aumento das importações de diesel e gasolina puxaram o gatilho”, explica o analista Subhojit Daripa, em relatório.