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Peso argentino tem maior desvalorização desde 2015

Moeda chegou a cair mais de 30% após as primárias presidenciais no fim de semana

Notas de 100 pesos argentinos com notas de 100 dólares em um foto arranjada em Buenos Aires, Argentina (Diego Giudice/Bloomberg)
GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 12 de agosto de 2019 às 12h09.

Última atualização em 12 de agosto de 2019 às 17h56.

O peso argentino sofreu forte queda, um dia após a chapa da ex-presidente Cristina Kirchner com Alberto Fernández sair com 15% de vantagem nas primárias das eleições presidenciais da Argentina , realizadas no último fim de semana. O atual presidente, Maurício Macri , ficou na segunda colocação.

A moeda argentina chegou a cair 30% frente ao dólar.  Durante o dia, o peso chegou a ter a maior desvalorização desde o fim do controle cambial no país, em de dezembro de 2015, e a segunda maior desde 2002.

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No fechamento, o peso caiu 12,28%, negociado a 0,0764 reais na venda.

O principal índice do mercado da bolsa de valores da Argentina, o Merval, também sofreu grande desvalorização. Às 11:16, o índice se depreciava 11,20% a 39.542 pontos. Na sexta-feira (9), o Merval se valorizou 7,94%.

Analistas do Bank of America Merrill Lynch dsseram que a escala da vitória de Fernández foi muito mais extrema do que seu cenário "pessimista". "Esperamos vendas significativas em ativos cambiais e forte pressão no ARS (peso argentino), com potencial desvalorização nas próximas semanas", disseram eles em nota.

Em relatório enviado a clientes, analistas da Rico Investimentos afirmaram que o mercado “odiou” o resultado porque “o governo de Cristina Kirchner adotou um modelo econômico que praticamente afundou a economia para a crise que ainda se encontra, nacionalizando empresas, manipulando dados oficiais e provocando repulsa aos investidores”.

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