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Perspectiva depende de tendências negativas, diz Moody's

Agência afimou que perspectiva do rating depende do sucesso ou fracasso dos esforços do próximo governo em reverter as tendências negativas


	Homem de terno falando ao celular passa em frenta à sede da Moody's
 (Scott Eells/Bloomberg/Bloomberg)

Homem de terno falando ao celular passa em frenta à sede da Moody's (Scott Eells/Bloomberg/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2014 às 16h40.

A agência de classificação de risco Moody's alertou nesta quarta-feira que a perspectiva do rating do Brasil, depende do sucesso ou fracasso dos esforços do próximo governo em reverter as tendências econômicas negativas e elevar o crescimento para próximo do potencial.

O alerta da agência vem menos de quatro meses antes das eleições presidenciais de outubro, quando a presidente Dilma Rousseff disputará um novo mandato em uma eleição cada vez mais acirrada.

Embora Dilma ainda seja a favorita, pesquisas mostram que sua popularidade entre os eleitores tem caído.

O Brasil é atualmente classificado pela Moody's como "Baa2" com perspectiva estável, o que significa que não é provável que seja rebaixado nos próximos 18 meses.

Mas a agência sugeriu que a perspectiva poderia ser revisada negativamente se o país continuar enfrentando "declínio dos gastos com investimento, desaceleração do consumo e deterioração da confiança do investidor".

"A agência considera que as perspectivas de crescimento do Brasil estão presas em um ciclo vicioso, com as expectativas ruins dos consumidores e investidores levando a menos investimento e crescimento econômico, o que, por sua vez, alimenta um sentimento negativo adicional", disse a Moody's em comunicado.

Questões semelhantes já levaram a Standard & Poor's a rebaixar o rating do Brasil ao nível mais baixo do grau de investimento em março.

Desde então, as perspectivas do Brasil continuaram a se deteriorar. Nesta semana, a pesquisa Focus do Banco Central mostrou que economistas reduziram suas projeções de crescimento econômico do país em 2014 pela quarta semana consecutiva, a apenas 1,16 por cento.

Para a Moody's, o próximo governo terá o desafio de elaborar uma agenda de política econômica que incorpore mudanças significativas para lidar com as preocupações de investidores.

Atualizado com mais informações às 16h40min do mesmo dia.

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