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Parceria com GP faz ações da Estácio dispararem

Maior fundo de private equity do Brasil pagará R$ 259 milhões por 20% de participação no grupo educacional

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 10h36.

A notícia de que o GP Investimentos, maior fundo de private equity do país, investirá 259,3 milhões de reais no grupo educacional Estácio provocou uma disparada nas ações da universidade na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Após subir mais de 40% durante o pregão, as units da Estácio fecharam o dia cotadas a 19,60 reais, valorizadas em 36,39%.

As instituições fecharam no último sábado (10/5) um contrato particular de compra e venda de ações pelo qual os acionistas controladores da Estácio venderão ao GP 47.151.040 ações ordinárias, representativas de 20% de seu capital social. Por um prazo determinado, mas não informado pelas companhias, o GP participará da gestão da Estácio com o objetivo de turbinar os negócios da empresa.

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Cada ação da Estácio custará ao GP 5,50 reais, o equivalente a 16,50 reais por unit, valor que inclui um prêmio de 14,8% sobre a cotação de fechamento dos papéis na última sexta-feira (9/5) na Bovespa. O pagamento será feito à vista, em dinheiro, e como o negócio não resultará em troca de controle, apenas compartilhamento, não será realizada uma oferta pública de aquisição destinada aos minoritários. Hoje, 85% das ações ordinárias da companhia são de propriedade do empresário João Uchôa Cavalcanti Netto.

Uma das metas da Estácio com a parceria é levar suas ações ao Novo Mercado da Bovespa. A instituição, que estreou na Bolsa em julho do ano passado, faz parte atualmente do Nível 2 de governança corporativa. Desde o IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial), os papéis da Estácio vinham apresentando baixa aceitação pelo mercado. Seu preço inicial, fixado em 22,50 reais, ficou 30% abaixo do piso da faixa de preço prevista pelos coordenadores do IPO e, de lá pra cá, as units já sofreram desvalorização de 36%.

Sob a gestão do GP, a expectativa é de que a instituição siga o mesmo caminho de empresas como Submarino, ALL e Gafisa. A filosofia do GP é investir em empresas com forte potencial de valorização, incrementar os negócios e deixar a companhia embolsando um bom lucro. Na Gafisa, por exemplo, o fundo investiu 78 milhões de dólares, que ao término de uma década se transformaram em 500 milhões de dólares. Dentre os recentes negócios do GP estão a Magnesita, maior produtora de material refratário da América Latina, o laboratório Farmasa, que fabrica o descongestionante Rinosoro, e a Sociedade Técnica de Perfuração (Sotep), uma das maiores companhias de perfuração de poços de petróleo do país, que conta com clientes do porte da Petrobras.

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