Para onde vai o dólar com Alckmin, Bolsonaro e outros pré-candidatos
Sondagem mostra projeções para a Bolsa e para o dólar com cinco pré-candidatos às eleições presidenciais
Rita Azevedo
Publicado em 21 de abril de 2018 às 06h00.
Última atualização em 23 de abril de 2018 às 13h54.
ão Paulo -- Para os grandes investidores brasileiros, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB-SP) será o próximo presidente do país. Com isso, odólaroscilaria entre 2,90 reais e 3,30 reais e aBolsaultrapassaria os 105 mil pontos.
A conclusão é de uma sondagem publicada recentemente pela instituição financeira XP Investimentos, feita com 188 investidores institucionais entre os dias 9 e 11 deste mês.
Segundo Celson Plácido e Gustavo Cruz, analistas que assinam o relatório, a amostra é composta pelas principais instituições do mercado financeiro brasileiro, responsáveis por mais de 50% dos recursos sob gestão.
Primeiramente, foi perguntado aos entrevistados quem será o vencedor das eleições presidenciais. Dos 188 investidores, 48% afirmaram que o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB-SP) levará a melhor no pleito. Logo atrás, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) aparece como o favorito dos investidores, com 19% dos votos. Veja abaixo:
Em seguida, foram apresentados aos entrevistados possíveis cenários para a Bolsa e para o dólar no caso de cinco pré-candidatos (Alckmin, Bolsonaro, Joaquim Barbosa, Ciro Gomes e Fernando Haddad) chegarem ao Planalto. Veja abaixo os destaques de cada um deles e no final do texto dois gráficos que comparam os resultados.
Geraldo Alckmin (PSDB-SP)
Segundo o levantamento, 98% dos entrevistados acreditam que se Alckmin vencer as eleições o Ibovespa irá subir do patamar atual. Para 34% dos entrevistados, a vitória do peemedebista levaria o índice ao patamar acima dos 105 mil pontos.
O câmbio, nesse caso, chegaria na faixa entre 2,90 reais e 3,10 reais. A moeda norte-americana deve cair para menos de 2,90 reais para 17% dos investidores. Apenas 0,5% acreditam na moeda acima dos 4,10 reais.
Jair Bolsonaro (PSL-RJ)
No caso de Jair Bolsonaro eleito, quatro em cada dez investidores apontam um cenário em que a Bolsa recuaria do patamar atual. Em novembro, quando a mesma pesquisa foi realizada, a queda era a resposta de 73%. Para 5% dos respondentes o Ibovespa deve ultrapassar a marca dos 105 mil pontos.
Para um cenário de dólar, novamente os investidores se mostraram menos pessimistas. Para 49% deles, o câmbio brasileiro se desvalorizaria, ante 77% na sondagem de novembro. Outros 25% indicam que a moeda se valorizaria, ante 9% em novembro.
Ciro Gomes (PDT-CE)
Para 97% dos investidores entrevistados, o Ibovespa cairia abaixo do patamar atual caso Ciro Gomes fosse eleito. Para mais de 95% deles, o índice recuaria para baixo dos 75 mil pontos. Apenas 2% acreditam em uma alta na Bolsa caso Ciro seja o vencedor.
Em relação ao dólar, os investidores também se mostraram pessimistas. Para 99% dos entrevistados, a moeda brasileira irá se desvalorizar, sendo que 52% indicam que a moeda
norte-americana subiria para um patamar acima dos 4,10 reais.
Fernando Haddad (PT-SP)
No cenário do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad eleito, os investidores também se mostram pessimistas.Para 95% deles, o Ibovespa recuaria do patamar atual, sendo que 69% apontam uma queda para abaixo de 70 mil pontos. Apenas 2% enxergam uma alta no índice no caso de Haddad chegar ao Planalto.
Para o dólar, 95% indicaram que o câmbio brasileiro se desvalorizaria, sendo que 25% indicam que a moeda subiria para um patamar acima de 4,10 reais. Para 49%dos entrevistados a moeda se desvalorizaria ao menos 15%.
Joaquim Barbosa (PSB)
Com Joaquim Barbosa na Presidência, a maioria enxerga um desfecho negativo para os preços dos ativos. No caso da Bolsa, 56% indicam que o Ibovespa recuaria do patamar atual. Para 26% deles, o índice subiria com Barbosa eleito.
Em relação ao dólar, 60% indicaram que o câmbio brasileiro se desvalorizaria para um patamar acima de 3,50 reais, sendo que 21% indicam que o dólar ultrapassaria os 3,90 reais. Para 15% dos entrevistados, a moeda se valorizaria.