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PANORAMA3-Mercado tem alívio,mas Irlanda e China seguem no radar

SÃO PAULO, 17 de novembro (Reuters) - Os principais mercados financeiros experimentaram uma quarta-feira de recuperação. Investidores se concentraram nas discussões sobre um pacote de ajuda à Irlanda e perspectivas positivas para o setor varejista norte-americano. O temor de expansão dos problemas de dívida na Europa e a possibilidade de restrição monetária na China, contudo, […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2010 às 17h50.

SÃO PAULO, 17 de novembro (Reuters) - Os principais
mercados financeiros experimentaram uma quarta-feira de
recuperação. Investidores se concentraram nas discussões sobre
um pacote de ajuda à Irlanda e perspectivas positivas para o
setor varejista norte-americano.

O temor de expansão dos problemas de dívida na Europa e a
possibilidade de restrição monetária na China, contudo,
seguiram no radar.

Apesar de ainda refutar pedidos de socorro à União Europeia
(UE), Dublin aceitou trabalhar numa missão para restaurar o
setor bancário do país, junto com a UE e o Fundo Monetário
Internacional (FMI). A decisão foi vista como um precedente
para que o país finalmente oficialize um pedido de ajuda.

Nos Estados Unidos, o bom prognóstico dado pela varejista
Target deu fôlego a demais empresas do setor, cuja alta
sustentava as bolsas de valores de Nova York. Na Europa, o
segmento farmacêutico foi o fiel da balança, com o índice
FTSEurofirst 300 em valorização de 0,54 por cento.

O Ibovespa também passou por correção, avançando após cinco
quedas em linha com o comportamento das bolsas
norte-americanas. Na parte de cima do índice, as ações da PDG
Realty subiram 1,74 por cento após a companhia
informar lucro líquido trimestral de 261,6 milhões de reais
[ID:nN17176456].

O mercado de moedas igualmente passou por ajustes, com o
euro se recuperando após a queda da véspera. Dados nos EUA
sugeriram que a recuperação do país ainda enfrenta solavancos,
afastando a chance de um aumento do juro no curto prazo, o que
torna aplicações em dólar menos interessantes.

A inflação anual no núcleo do Índice de Preços ao
Consumidor dos EUA (CPI, na sigla em inglês) foi a menor desde
o início da série histórica, em 1957. Endossando a ala
pró-quantitative easing, o início de construção de moradias
caiu 11,7 por cento, para uma taxa anual de 519 mil, ante 588
mil em setembro [ID:nN17194420].

A perda de valor do dólar foi insuficiente para ajudar o
petróleo, que recuou à mínima de fechamento em quatro semanas
nos EUA, ainda por preocupações de que um aperto monetário na
China reduza a demanda pela commodity.

A divisa dos EUA recuou também ante o real, primeira baixa
em quase duas semanas. Investidores se concentraram no menor
receio com novas iniciativas para frear a alta no real no curto
prazo, depois de o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmar
que não vê "necessidade de novas medidas neste momento".

As projeções de juros futuros devolveram parte dos prêmios
obtidos nas últimas sessões, em meio a índices de inflação sem
surpresas.

O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) subiu 1,16 por cento
em novembro, similar à alta de 1,15 por cento em outubro
[ID:nN17180402]. Em São Paulo, o Índice de Preços ao Consumidor
(IPC) teve alta de 0,87 por cento na segunda quadrissemana de
novembro, ante 0,97 por cento na primeira [ID:nN17175302].

Veja como fecharam os principais mercados nesta
quarta-feira:

CÂMBIO

O dólar terminou a 1,726 real, em queda de 0,80 por cento
frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

Veja também

O Ibovespa subiu 0,75 por cento, para 69.708 pontos. O
volume financeiro na bolsa era de 4,93 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros avançava 0,67 por
cento às 18h45, a 34.706 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,58 por cento ao ano, ante
11,61 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3518 dólar,
ante 1,3492 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, recuava a 138,938 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,279 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil caía 12 pontos, para 174 pontos-básicos. O
EMBI+ tinha queda de 11 pontos, a 244 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

A alguns minutos do fechamento, o índice Dow Jones
perdia 0,04 por cento, a 11.019 pontos; o S&P 500 subia
0,09 por cento, a 1.179 pontos, e o Nasdaq tinha alta
de 0,24 por cento, a 2.475 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
registrou baixa de 1,90 dólar, ou 2,31 por cento, a 80,44
dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, marcava leve recuo, oferecendo
rendimento de 2,8821 por cento ante 2,842 por cento no
fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Por José de Castro; Edição de Silvio Cascione)

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