Exame Logo

Aversão a risco mina bolsas após tensões no Egito

São Paulo - Uma onda de aversão a risco alvejou os principais mercados financeiros globais nesta sexta-feira, após a escalada das tensões no Egito estimular temores quanto à estabilidade no Oriente Médio. Ao menos cinco manifestantes morreram e cerca de 870 ficaram feridos em protestos contra o presidente egípcio, Hosni Mubarak, no poder há três […]

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2011 às 18h15.

São Paulo - Uma onda de aversão a risco alvejou os principais mercados financeiros globais nesta sexta-feira, após a escalada das tensões no Egito estimular temores quanto à estabilidade no Oriente Médio.

Ao menos cinco manifestantes morreram e cerca de 870 ficaram feridos em protestos contra o presidente egípcio, Hosni Mubarak, no poder há três décadas, de acordo com fontes médicas.

Veja também

Algumas companhias aéreas europeias inclusive modificaram suas programações para os voos com destino ou procedentes do Egito, cancelando alguns serviços devido ao toque de recolher na capital do país.

A preocupação de que a distribuição de combustíveis na região seja prejudicada catapultou os preços do petróleo em Nova York e Londres, onde o barril do Brent se aproximou de 100 dólares.

A aversão a ativos considerados de maior risco elevou o dólar, o franco suíço e iene . O euro, por outro lado, afastou-se da máxima em dois meses frente à divisa norte-americana, enquanto a libra egípcia chegou a tocar a mínima em seis anos frente ao dólar.

O tom negativo também afetou as bolsas de valores, com o índice europeu FTSEurofirst 300 <.FTEU3> recuando quase 1 por cento. A alguns minutos do fechamento, a queda nos pregões em Wall Street era maior, também por conta da decepção com os balanços trimestrais de Amazon e da Ford.

Além disso, os mercados monitoraram os números relativos à economia norte-americana. A alta no consumo privado e nas exportações foi responsável pelo crescimento de 3,2 por cento no Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no quarto trimestre. O dado, contudo, veio abaixo das expectativas, que indicavam crescimento de 3,5 por cento [ID:nN28278448].

O Ibovespa retrocedeu ao menor patamar desde setembro. O mercado de câmbio doméstico também captou a piora externa, mas em menor escala. Analistas têm apontado que a crescente intervenção do governo, em contraponto com o expressivo fluxo de capitais ao país, reduziu a volatilidade do câmbio nas últimas semanas [ID:nN28131475].

No segmento de renda fixa, um movimento de realização de lucros direcionou os DIs para baixo. Na pauta do dia, o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) subiu 0,79 por cento em janeiro.

A agenda doméstica também contou ainda o recorde de superávit primário em 2010. Segundo dados do Tesouro Nacional, o saldo positivo do governo central, que envolve Tesouro, Previdência e Banco Central, foi de 78,9 bilhões de reais, o dobro do valor registrado em 2009, de 39,4 bilhões.

O superávit acumulado em 2010 equivale a 2,16 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Com isso, foi cumprida a meta para o governo central, de 2,15 por cento do PIB [ID:nN28252062].

Em meio à divulgação dos números, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, rebateu o teor de um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) com perspectiva de piora para a situação fiscal do Brasil este ano, classificando a avaliação do FMI como "equivocada" [ID:nN28266683].

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame