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PANORAMA2-IOF maior não segura dólar; bolsas sobem por Japão

SÃO PAULO, 5 de outubro (Reuters) - Candidata a estrela da sessão, a alta da alíquota de IOF sobre aplicações estrangeiras em renda fixa no país era ofuscada nesta terça-feira pelo foco dos investidores em nova queda dos juros no Japão e em dados positivos dos EUA, que voltavam a calibrar as bolsas. Indiferente à […]

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2010 às 09h46.

SÃO PAULO, 5 de outubro (Reuters) - Candidata a estrela da
sessão, a alta da alíquota de IOF sobre aplicações estrangeiras
em renda fixa no país era ofuscada nesta terça-feira pelo foco
dos investidores em nova queda dos juros no Japão e em dados
positivos dos EUA, que voltavam a calibrar as bolsas.

Indiferente à medida anunciada na véspera visando a conter
a valorização do real, o mercado de câmbio empurrava o dólar
para baixo, com novas mínimas em mais de dois anos.

Globalmente, a moeda norte-americana também fraquejava,
após o governo japonês cortar o juro básico do país para perto
do zero [ID:nN05165791], noutra ofensiva para tentar debelar a
escalada do iene. A medida era interpretada como prenúncio de
que os EUA também reforçarão seu afrouxamento monetário.

Diante da perspectiva de que esse conjunto de medidas
aumente ainda mais a liquidez dos mercados internacionais, as
bolsas de valores estendiam a escalada recente. O principal
índice da Bovespa buscava novas máximas desde abril.

O presidente da BM&FBovespa , Edemir Pinto, disse
nesta manhã que o aumento da alíquota do IOF não impactará o
mercado de ações e que o impacto da medida será pequeno nos
negócios com derivativos [nN05118289].

As cotações das commodities também avançavam, dando fôlego
adicional às bolsas europeias. Em Wall Street, outro fator que
dava combustível para as ações era a notícia de que o setor de
serviços nos EUA subiu a 53,2 em setembro, de 51,5 em agosto,
acima das previsões de economistas.

O mercado doméstico de renda fixa caminhava sem direção
definida, com leve alta em alguns contratos de DI. "Depois as
taxas vão se ajustando, mas em um primeiro momento dá essa
esticada. O mercado ainda não definiu o tamanho da curva de
2011 e 2012 e isso propicia que o pessoal especule um pouco",
disse um operador, pedindo anonimato.

Veja como estavam os principais mercados às 12h43 desta
terça-feira:

CÂMBIO

O dólar caía 1,12 por cento, a 1,673 real em relação ao
fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa subia 0,99 por cento, a 71.082 pontos. O volume
financeiro do pregão era de 3,4 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros subia 2,06 por
cento, a 36.195 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,41 por cento ao ano, ante
11,42 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3844 dólar, ante
1,3676 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40,
mostrava alta, a 138,875 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,460 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil caía 4 pontos, a 201 pontos-básicos. O EMBI+
declinava 7 pontos, a 270 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones ganhava 1,6 por cento, para 10.923
pontos. O Nasdaq era elevado em 2,14 por cento, para
2.394 pontos. O S&P 500 tinha incremento de 1,92 por
cento, a 1.158 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
subia 1,27 dólar, a 82,73 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, caía, oferecendo rendimento de 2,494 por
cento ante 2,479 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Reportagem de Silvio Cascione e Vanessa Stelzer; Texto de
Aluísio Alves; edição de Silvio Cascione)

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