PANORAMA2-Esperança por Irlanda levanta ações e commodities
SÃO PAULO, 18 de novembro (Reuters) - A expectativa de que a Irlanda finalmente concorde em receber um multibilionário pacote de ajuda para estabilizar seu frágil setor bancário aliviava a tensão nos mercados internacionais, produzindo recuperação de ações e commodities, enquanto o dólar caía. O presidente do banco central da Irlanda, Patrick Honohan, disse nesta […]
Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2010 às 11h53.
SÃO PAULO, 18 de novembro (Reuters) - A expectativa de que
a Irlanda finalmente concorde em receber um multibilionário
pacote de ajuda para estabilizar seu frágil setor bancário
aliviava a tensão nos mercados internacionais, produzindo
recuperação de ações e commodities, enquanto o dólar caía.
O presidente do banco central da Irlanda, Patrick Honohan,
disse nesta manhã esperar que o país receba dezenas de bilhões
de euros em empréstimos de países europeus e do Fundo Monetário
Internacional (FMI), para ajudar seus bancos e estabilizar a
economia [ID:nN18260218].
A notícia serviu como bálsamo para o apetite por risco, que
vinha machucado nas últimas semanas, em meio ao temor de que a
resistência do país em receber ajuda contaminasse toda a zona
do euro, recrudescendo a crise que atingiu vários países do
bloco no começo deste ano.
Com isso, as bolsas subiam com consistência, levantadas
também pelas ações de empresas de mineração e petróleo após
declarações de um conselheiro do Banco Central chinês de que o
país não deveria depender somente de elevações de juros para
conter a inflação.
O temor de que a importadora de matéria-prima suba os juros
para conter a inflação e o excesso de liquidez na economia foi
outro fator que contribuiu para derrubar os mercados nas
últimas duas semanas.
As bolsas europeias subiam e os principais índices de Wall
Street abriram para cima, também refletindo a notícia de que os
pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos
subiram na última semana, mas a tendência quadrissemanal indica
uma melhora gradual no mercado de trabalho [ID:nN18276672].
Em outra frente, a Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) manteve a previsão de
crescimento da economia mundial para este ano em 4,6 por cento,
respaldando a ideia de que a economia mundial caminha para se
levantar dos efeitos da crise financeira global.
No plano doméstico, os investidores monitoravam a notícia
de que a presidente eleita, Dilma Rousseff, teria decidido
manter Guido Mantega como ministro da Fazenda, convite que
seria feito durante jantar na noite de quarta-feira, segundo
publicou o jornal Folha de S. Paulo.
De todo modo, no mercado de renda fixa, as projeções
embutidas nos contratos de juros futuros subiam, após recentes
indícios de que a inflação doméstica segue em alta.
Veja como estavam os principais mercados às 12h47 desta
quinta-feira:
CÂMBIO
O dólar valia 1,719 real, em queda de 0,41 por cento frente
ao fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa subia 1,02 por cento, para 70.422 pontos. O
volume financeiro na bolsa era de 1,81 bilhão de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros avançava 1,65 por
cento, a 35.322 pontos.
JUROS
O DI janeiro de 2012 apontava 11,63 por cento ao ano, ante
11,58 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3622 dólar,
ante 1,3492 dólar no fechamento anterior.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40,
saía a 139,00 por cento do valor de face, oferecendo rendimento
de 2,263 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil caía 4 pontos, para 171 pontos-básicos. O
EMBI+ tinha queda de 8 pontos, a 239 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones ganhava 1,25 por cento, a 11.145
pontos; o S&P 500 subia 1,27 por cento, a 1.193 pontos,
e o Nasdaq tinha alta de 1,35 por cento, a 2.509
pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
registrava ganho de 1,38 dólar, a 81,82 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos
caía, oferecendo rendimento de 2,913 por cento ante 2,882 por
cento no fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )
(Reportagem de Vanessa Stelzer e Rodolfo Barbosa, texto de
Aluísio Alves; edição de Silvio Cascione)