PANORAMA2-Clima de expectativa antes de Fed impera
SÃO PAULO, 3 de novembro (Reuters) - O clima era de expectativa nos mercados globais nesta quarta-feira, a algumas horas da decisão do Federal Reserve que deve proporcionar mais estímulos à economia dos Estados Unidos. O anúncio pode diminuir o apetite por alguns ativos norte-americanos, embora analistas afirmem que a decisão de ajudar na recuperação […]
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 17h36.
SÃO PAULO, 3 de novembro (Reuters) - O clima era de expectativa nos mercados globais nesta quarta-feira, a algumas horas da decisão do Federal Reserve que deve proporcionar mais estímulos à economia dos Estados Unidos.
O anúncio pode diminuir o apetite por alguns ativos norte-americanos, embora analistas afirmem que a decisão de ajudar na recuperação já esteja bem precificada por investidores [ID:nN03116924].
Em geral, analistas esperam que o Fed se comprometa inicialmente com a compra de pelo menos 500 bilhões de dólares em Treasuries ao longo de alguns meses.
No Brasil, o dólar recuava frente ao real, alinhando-se na volta do feriado de Finados ao comportamento do mercado externo enquanto aguarda o fim da reunião do Fed e mais detalhes da nova rodada de quantitative easing.
Frente a uma cesta com as principais moedas <.DXY>, o dólar subia levemente após a divulgação de dados positivos sobre o mercado de trabalho dos EUA, mas os negócios eram feitos em uma faixa restrita de cotações.
O setor privado norte-americano criou 43 mil empregos em outubro, comparado ao fechamento revisado de 2 mil vagas em setembro. As estimativas apontavam geração de 20 mil empregos no mês passado.
Outros dados divulgados nesta manhã mostraram que as encomendas à indústria no país subiram mais que o esperado em setembro e que o setor de serviços também cresceu mais que o previsto em outubro.
Apesar dos indicadores positivos, Wall Street mostrava pouca disposição antes do anúncio do Fed. O Ibovespa subia, aproximando-se de 72 mil pontos, com ajuda de ações ligadas a commodities.
A espera pelo Fed também era sentida no mercado local de juros futuros, com as projeções em leve alta.
Na primeira entrevista a jornalistas após a eleição, a presidente eleita, Dilma Rousseff, afirmou que só EUA e China não veem que há uma guerra cambial no mundo e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou que será feito o necessário para evitar a valorização excessiva do real.
Veja como estavam os principais mercados às 13h35 desta quarta-feira:
CÂMBIO
O dólar era cotado a 1,696 real, em queda de 0,70 por cento frente ao fechamento anterior.
BOVESPA <.BVSP>
O Ibovespa subia 0,31 por cento, para 71.779 pontos. O volume financeiro na bolsa era de 2,8 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS <.BR20>
O índice dos principais ADRs brasileiros cedia 0,73 por cento, a 36.224 pontos.
JUROS <0#2DIJ:>
O DI janeiro de 2012 apontava 11,35 por cento ao ano, ante 11,32 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,4009 dólar, ante 1,4037 dólar no fechamento anterior.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia a 140,125 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,119 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS <11EMJ>
O risco Brasil subia 3 pontos, para 179 pontos-básicos. O EMBI+ recuava 1 ponto, a 241 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones <.DJI> tinha variação negativa de 0,2 por cento, a 11.169 pontos; o S&P 500 <.SPX> caía 0,3 por cento, a 1.190 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> retrocedia 0,45 por cento, a 2.522 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo ganhava 0,27 dólar, a 84,17 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 2,5467 por cento ante 2,592 por cento no fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no terminal de notícias da Reuters pelo código )
(Por Daniela Machado; Edição de Aluísio Alves)