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PANORAMA2-Bernanke reforça expectativa de mais estímulo nos EUA

SÃO PAULO, 15 de outubro (Reuters) - O chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, disse o que o mercado esperava: o banco central norte-americano está avaliando mais estímulos para a economia se necessário, mas ainda não decidiu quais medidas poderia adotar nem o tamanho delas. A reação inicial das bolsas foi positiva, já que mais […]

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2010 às 09h23.

SÃO PAULO, 15 de outubro (Reuters) - O chairman do Federal
Reserve, Ben Bernanke, disse o que o mercado esperava: o banco
central norte-americano está avaliando mais estímulos para a
economia se necessário, mas ainda não decidiu quais medidas
poderia adotar nem o tamanho delas.

A reação inicial das bolsas foi positiva, já que mais
medidas estimulariam a fraca economia, mas o otimismo foi
contrabalançado por perdas da General Eletric --que
divulgou uma queda maior que a esperada da receita trimestral--
e de bancos, e por um dado fraco sobre a confiança do
consumidor norte-americano.

O índice global de ações tinha baixa de
0,46 por cento. Em Wall Street, os principais índices tinham
leve queda. O Ibovespa chegou a superar os 72 mil pontos pela
primeira vez desde junho de 2008, mas também enfraqueceu. O
índice europeu de bolsas cedia 0,1 por cento.

Bernanke disse que o desemprego elevado e a inflação baixa
indicam uma necessidade de afrouxar mais a política monetária
norte-americana, mas ressaltou que as autoridades ainda estão
ponderando o quão agressivas elas devem ser [ID:nN15202216]

"No geral, não tivemos muita clareza do chairman. Os
comentários dele são consistentes com um novo programa de
compra de ativos em novembro, mas no geral ele foi mais
equilibrado do que esperávamos", disse Richard Bryant, diretor
de negociação do MF Global Securities em Nova York.

O mercado também avaliava uma batelada de dados dos Estados
Unidos, em um dia de agenda esvaziada no restante do mundo.

A confiança do consumidor caiu inesperadamente no início de
outubro, atingindo o menor nível desde julho, para 67,9, ante
estimativa do mercado de 69,0 [ID:nN15121167]. Os estoques
empresariais subiram 0,6 por cento em agosto, ante previsão de
analistas de 0,5 por cento e avanço de 1,1 por cento em julho
[ID:nN15193427].

As vendas no varejo aumentaram 0,6 por cento em setembro,
acima da previsão do mercado de 0,5 por cento [ID:nN15163372].
O índice de preços ao consumidor do país subiu 0,1 por cento,
contra expectativa de 0,2 por cento, enquanto o núcleo ficou
estável. Analistas previa alta de 0,1 por cento. O índice do
setor manufatureiro de Nova York subiu para 15,73 em outubro,
ante 4,14 em setembro e previsão de economistas de 6,50
[ID:nN15186208].

No mercado cambial, os investidores continuavam
acompanhando os atritos entre países sobre suas moedas. O Japão
voltou a reiterar que vai intervir se for preciso
[ID:nN15146572]. A Colômbia mudou regras de intervenção no
câmbio para conter o avanço do peso [ID:nN15196733].

Por aqui, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que
é preciso aguardar para ver se o câmbio irá se estabilizar
depois das medidas já adotadas para frear a alta do real. Caso
isso não ocorra, novas ações podem ser tomadas.

Ante o euro, o dólar atingiu a mínima em mais de oito
meses, após Bernanke reforçar as expectativas de mais
estímulos. Contra o real, a moeda norte-americana operava perto
da estabilidade [ID:nN15192249], com foco no exterior.

O mercado de juros futuros também apresentava estabilidade,
em um dia de agenda interna esvaziada e perto da reunião do
Comitê de Política Monetária (Copom) [ID:nN15187724]

Veja como estavam os principais mercados às 12h20 desta
sexta-feira:

CÂMBIO

O dólar era cotado a 1,661 real, em baixa de 0,12 por cento
frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

Veja também

O Ibovespa recuava 0,06 por cento, para 71.648 pontos. O
volume financeiro na bolsa era de 2 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros ceida 0,26 por
cento, a 36.533 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 estava em 11,25 por cento ao ano
estável ante o ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,4033 dólar,
ante 1,4076 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40,
para caía para 140.250 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,168 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil cedia 5 pontos, para 171 pontos-básicos. O
EMBI+ recuava 2 pontos, a 247 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones caía 0,17 por cento, a 11.075
pontos, o S&P 500 tinha alta de 0,11 por cento, a 1.175
pontos, e o Nasdaq ganhava 0,91 por cento, a 2.457
pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo mais próximo recuava 0,33
dólar, a 82,36 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, declinava, oferecendo rendimento de
2,5381 por cento ante 2,506 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Reportagem de Vanessa Stelzer; Edição de Aluísio Alves)

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