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PANORAMA2-BC defende visão de juro neutro menor, e DIs caem

SÃO PAULO, 9 de setembro (Reuters) - O Banco Central defendeu nesta quinta-feira que os fundamentos econômicos permitirão juros mais baixos em relação ao passado recente, dando combustível para a queda das projeções futuras. A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que justificou a manutenção da Selic em 10,75 por cento ao ano na […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2010 às 09h15.

SÃO PAULO, 9 de setembro (Reuters) - O Banco Central
defendeu nesta quinta-feira que os fundamentos econômicos
permitirão juros mais baixos em relação ao passado recente,
dando combustível para a queda das projeções futuras.

A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que
justificou a manutenção da Selic em 10,75 por cento ao ano na
semana passada, era o principal motivo para o recuo dos
contratos de DI na BM&FBovespa. A outra razão apontada por
analistas era a inflação de apenas 0,04 por cento pelo IPCA, no
piso das expectativas do mercado. [ID:nN09172666]

"Provavelmente o aspecto mais importante da ata é a visão
do BC sobre uma queda estrutural da taxa neutra de juro", disse
Tony Volpon, economista do Nomura Securities. "Essa é uma
mudança importante na política monetária e está em linha com
nossa previsão de cortes (do juro) em 2011."

O que ainda contrabalançava a queda dos DIs, em alguma
medida, era o leilão de títulos públicos pelo Tesouro. Estão
sendo ofertados 7 milhões de papéis prefixados (LTN e NTN-F) e
1 milhão de LFT, pós-fixadas. [ID:nN09183702]

Nas bolsas, prevalecia o otimismo com dados melhores que o
esperado nos Estados Unidos. Os pedidos de auxílio-desemprego
caíram em 27 mil na semana passada, para 451 mil, e o déficit
da balança comercial encolheu mais que o esperado, a 42,78
bilhões de dólares. [ID:nN09172719] [ID:nN09217282]

Já o mercado de câmbio ainda monitorava o Banco Central,
após dois leilões de compra de dólares na quarta-feira. O
dólar, porém, ainda caía pelo sétimo dia seguido, caminhando
para renovar a mínima de fechamento desde o começo de janeiro.

Nos demais indicadores e eventos do dia, poucas surpresas.
O Banco da Inglaterra manteve a taxa básica de juro a 0,5 por
cento ao ano, sem alterar a política de compra de ativos, e a
inflação ao consumidor na Alemanha ficou estável em julho.

Veja como estavam os principais mercados às 12h09 desta
quinta-feira:

CÂMBIO

O dólar era cotado a 1,723 real, em queda de 0,12 por cento
frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

Veja também

O Ibovespa subia 0,39 por cento, para 66.669 pontos. O
volume financeiro na bolsa era de 1,78 bilhão de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros subia 0,59 por
cento, a 32.939 pontos.

JUROS

Os contratos de DI exibiam queda, com o DI janeiro de 2012
em 11,26 por cento ao ano.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,2729 dólar,
ante 1,2720 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, operava estável a 136,375 por cento do valor de face,
oferecendo rendimento de 2,999 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil caía 11 pontos, para 213 pontos-básicos. O
EMBI+ cedia 9 pontos, a 282 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones avançava 0,68 por cento, para
10.457 pontos, o S&P 500 ganhava 0,92 por cento, a 1.109
pontos, e o Nasdaq tinha valorização de 0,69 por cento,
aos 2.244 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto subia 1,57 por
cento, a 75,84 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, caía, oferecendo rendimento de 2,726 por
cento ante 2,654 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Reportagem de Silvio Cascione; Edição de Cesar Bianconi)

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