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PANORAMA1-Varejo nos EUA ocupa foco, dados na Europa decepcionam

SÃO PAULO, 14 de setembro (Reuters) - A resiliência econômica da China e o alívio com as novas regras bancárias desviaram a atenção de investidores das incertezas sobre a recuperação econômica dos Estados Unidos na abertura da semana, mas a agenda pode recolocar tais desconfianças sob os holofotes com a divulgação das vendas do varejo […]

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2010 às 05h09.

SÃO PAULO, 14 de setembro (Reuters) - A resiliência
econômica da China e o alívio com as novas regras bancárias
desviaram a atenção de investidores das incertezas sobre a
recuperação econômica dos Estados Unidos na abertura da semana,
mas a agenda pode recolocar tais desconfianças sob os holofotes
com a divulgação das vendas do varejo de agosto nesta
terça-feira.

O dado, contudo, também pode renovar o fôlego nos negócios
se repetir o desempenho de indicadores conhecidos nas semanas
anteriores, como o número do setor manufatureiro dos EUA, uma
vez que ajudará a dissipar os temores sobre uma nova recessão
na maior economia do mundo. E tal dúvida se refletia nas praças
financeiras globais.

As previsões apontam para crescimento mensal de 0,3 por
cento, após o acréscimo de 0,4 por cento verificado no mês
anterior.

Em Wall Street, os futuros acionários sinalizavam uma
abertura fraca. O contrato do S&P 500 cedia 2 pontos. O
do Dow Jones subia 2 pontos.

O dólar oscilava perto da estabilidade ante uma cesta com
as principais moedas globais , com leve alta de 0,10 por
cento.

Na Europa, o "choque de realidade" já ocorreu com a queda
acima do esperado no índice ZEW sobre a confiança de analistas
e empresários da Alemanha em setembro e com o desempenho mais
fraco que o previsto da produção industrial da zona do euro em
julho.

O instituto econômico ZEW disse que seu índice caiu para
menos 4,3 neste mês, comparado a 14,0 em agosto. Analistas
consultados pela Reuters previam um recuo para 10 em setembro
[ID:nN14237785].

A produção industrial na zona do euro, por sua vez, ficou
estável em julho sobre junho e subiu 7,1 por cento ante julho
de 2009, informou a agência de estatísticas Eurostat.
Economistas consultados pela Reuters previam uma alta mensal de
0,2 por cento e um avanço anual de 8 por cento
[ID:nN14233100].

O acionário europeu FTSEurofirst 300 tinha leve
queda de 0,07 por cento.

Na Ásia, o Nikkei fechou o dia com queda de 0,24
por cento, após o iene voltar a bater a máxima em 15 anos ante
o dólar.

O índice MSCI para ações globais alcançou a
máxima em quatro meses mais cedo, mas reverteu o movimento e
cedia 0,06 por cento, enquanto o para ações emergentes tinha oscilação positiva de 0,03 por cento.

Entre as commodities, o petróleo cedia 0,49 dólar, a 76,70
dólares o barril, nas operações eletrônicas em Nova York.

No Brasil, a divulgação mais importante da agenda também é
relativa ao varejo. O IBGE divulga sua pesquisa mensal do
comércio referente a julho. Projeções apuradas pela Reuters
apontam para aumento de 0,45 por cento das vendas ante junho e
de 10,7 por cento em relação a julho de 2009.

Mais cedo, a Fundação Getúlio Vargas informou alta de 0,99
na primeira prévia de setembro para o Índice Geral de Preços de
Mercado (IGP-M). Projeções apuradas pela Reuters apontavam para
uma alta de 0,72 por cento.

Ainda, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
(Fiesp) apresenta o comportamento do emprego no setor fabril
paulista em agosto e o Tesouro Nacional realiza a primeira
etapa do leilão de venda de NTN-B (papel indexado ao IPCA), com
oferta de até 1,5 milhão de títulos para 2013, 2015 e 2020 e
até 500 mil para 2030, 2040 e 2050.

Para ver a agenda do dia, clique [ID:nN13210117]

Veja como terminaram os principais mercados na
segunda-feira:

CÂMBIO

O dólar fechou a 1,716 real, em queda de 0,23 por cento em
relação ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa subiu 1,83 por cento, a 68.030 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 6,3 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros avançou 2,43 por
cento, a 33.712 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,34 por cento ao ano no
call das 16h, ante 11,30 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,2877 dólar, ante
1,2677 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, subia para 136,813 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,912 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil caía 2 pontos, a 210 pontos-básicos. O EMBI+
mostrava estabilidade, a 279 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones avançou 0,78 por cento, a 10.544
pontos, o S&P 500 subiu 1,11 por cento, a 1.121 pontos.
O Nasdaq Composite teve alta de 1,93 por cento, aos
2.285 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
subiu 0,74 dólar, ou 0,97 por cento, a 77,19 dólares por
barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, avançava, oferecendo rendimento de 2,748
por cento ante 2,795 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Por Paula Arend Lair; Edição de Vanessa Stelzer)

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