SÃO PAULO, 6 de outubro (Reuters) - A probabilidade de o
Federal Reserve realizar novo tipo de "quantitative easing" no
próximo mês --efetivamente imprimir dinheiro para comprar
ativos-- seguia ditando o rumo nos mercados internacionais
nesta quarta-feira, mantendo o dólar fraco e amparando a alta
nos principais índices acionários globais.

Na véspera, o Banco do Japão reduziu o juro para
praticamente zero e elevou o seu programa de aquisição de
títulos, o que ampliou expectativas de um novo ciclo de
intervenção por parte de bancos centrais para impulsionar
economias debilitadas.

O índice MSCI para ações globais avançava
0,58 por cento, enquanto o para ações emergentes
ganhava 1,24 por cento.

Em Tóquio, o Nikkei encerrou o dia com alta de 1,81
por cento, aos 9.691 pontos, máxima em dois meses ainda sobe
efeito da ação do BoJ, enquanto o dólar recuava 0,2 por cento,
a 83,07 ienes.

Na Europa, o índice FTSEurofirst 300 sustentava o
viés ascendente e subia 0,77 por cento, amparado principalmente
pelo desempenho de mineradoras. Há expectativa ainda de alguma
medida de "quantitative easing" também por parte do Banco da
Inglaterra. O euro valorizava-se 0,12 por cento, a 1,3854
dólar.

Os futuros acionários em Wall Street acompanhava o tom,
sinalizando uma abertura positiva, com o contrato do S&P 500
avançando 0,34 por cento --3,9 pontos. A sessão inclui
números da ADP sobre o mercado de trabalho norte-americano, e
tendem a influenciar significativamente os negócios.

A reação vai depender do humor dos investidores. Um dado
fraco, embora negativo para mostrar a situação da economia
norte-americana, pode ser interpretado como mais um componente
para justificar uma atitude do Fed, aumentando a chance disso
ocorrer no encontro dos dias 2 e 3 de novembro.

Antes disso, o dólar recuava 0,05 por cento ante uma cesta
com as principais divisas mundiais, enquanto o petróleo recuava
0,2 por cento nas operações eletrônicas em Nova York, a 82,63
dólares o barril.

No Brasil, apenas dados do Banco Central de setembro sobre
as entradas e saídas de dólares do país e suas aquisições no
mercado cambial à vista e posição dos bancos preenchem a
agenda.

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Veja como terminaram os principais mercados na
terça-feira:

CÂMBIO

O dólar fechou a 1,675 real, em queda de 1,0 por cento em
relação ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa subiu 1,28 por cento, a 71.283 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 8,48 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros avançou 2,2 por
cento, a 36.254 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,39 por cento ao ano no
call das 16h, ante 11,42 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3835 dólar, ante
1,3680 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, subia para 138,938 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,449 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil caía 4 pontos, a 201 pontos-básicos. O EMBI+
recuava 6 pontos, a 270 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O Dow Jones avançou 1,80 por cento, para 10.944
pontos. O Nasdaq subiu 2,36 por cento, para 2.399
pontos. O índice S&P 500 ganhou 2,09 por cento, a 1.160
pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
subiu 1,35 dólar, a 82,82 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, mostrava-se praticamente estável,
oferecendo rendimento de 2,474 por cento ante 2,479 por cento
no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
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(Por Paula Arend Laier; Edição de Vanessa Stelzer)