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PANORAMA1-IPCA merece atenção no dia do último Copom do ano

SÃO PAULO, 8 de dezembro (Reuters) - A última reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central hoje tem previsão majoritária de estabilidade da taxa Selic em 10,75 por cento ao ano, mas o comunicado que acompanhará a decisão e, principalmente, a ata prevista para a próxima semana devem influenciar os […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2010 às 06h54.

SÃO PAULO, 8 de dezembro (Reuters) - A última reunião do
ano do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central
hoje tem previsão majoritária de estabilidade da taxa Selic em
10,75 por cento ao ano, mas o comunicado que acompanhará a
decisão e, principalmente, a ata prevista para a próxima semana
devem influenciar os negócios. É também o último encontro com
Henrique Meirelles à frente do BC.

A deterioração nos índices de preços e nas expectativas de
inflação reforçou a pressão para um aumento de juros, mas isso
só deve ocorrer em 2011, do ponto de vista de vários
economistas. Alguns profissionais, entretanto, aguardam ver na
ata como o BC tratará essa piora no cenário, depois de uma ata
relativamente "dovish" em outubro.

Antes da decisão, que será conhecida apenas após o
fechamento do mercado brasileiro, a agenda local destaca o IPCA
de novembro, que deve continuar mostrando aceleração e será um
instrumento a mais para direcionar as operações,
particularmente no segmento de DI. Pesquisa Reuters aponta alta
de 0,87 por cento, resultado da mediana de estimativas que
variaram de aumento de 0,79 a 0,92 por cento. Em outubro, o
IPCA subiu 0,75 por cento.

No exterior, o dólar voltava a ganhar valor frente a moedas
internacionais, beneficiado pela alta do rendimento dos
Treasuries. O acordo para prorrogar incentivos fiscais nos
Estados Unidos tende a dar suporte à economia no curto prazo,
mas elevará a dívida do país no longo prazo, o que derrubava o
preço dos títulos norte-americanos (e elevava os yields),
afetando outros mercados bonds ao redor do mundo.

O índice DXY , que mede o valor do dólar ante uma
cesta de divisas, subia 0,47 por cento às 7h40. O euro recuava
0,35 por cento, a 1,3216 dólar. Ante o iene, a moeda
norte-americana valorizava-se 0,56 por cento, a 83,97 ienes.

No mercado acionário, o tom era predominantemente negativo.
O índice MSCI para ações globais cedia 1,53 por
cento, enquanto o para ações emergentes perdia 1 por
cento. Na Europa, o FTSEurofirst 300 mostrava
volatilidade, com variação positiva de 0,05 por cento. O futuro
do S&P 500 declinava 2 pontos.

Na Ásia, o fortalecimento do dólar ante o iene ajudou o
Nikkei a encerrar o dia em Tóquio com alta de 0,9 por
cento. O índice da bolsa de Xangai , contudo, recuou
0,95 por cento.

Entre as commodities, o petróleo era negociado a 87,99
dólares o barril nas operações eletrônicas em Nova York, em
queda de 0,79 por cento.

Veja a variação dos principais mercados nesta terça-feira:

CÂMBIO

Veja também

O dólar terminou a 1,680 real, estável frente ao fechamento
anterior.

BOVESPA

O Ibovespa recuou 0,31 por cento, para 69.337 pontos. O
volume financeiro na bolsa foi de 6,01 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros caiu 0,8 por cento,
a 35.346 pontos.

JUROS

No call das 16h, o DI janeiro de 2012 apontava 12,04 por
cento ao ano, estável ante o ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3272 dólar, ante
1,3305 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40,
recuava a 136,875 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,591 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil cedia 12 pontos, para 164 pontos-básicos. O
EMBI+ tinha queda de 19 pontos, a 227 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

A alguns minutos do fechamento, o índice Dow Jones
subia 0,15 por cento, a 11.379 pontos; o S&P 500
mostrava alta de 0,23 por cento, a 1.225 pontos, e o Nasdaq
ganhava 0,3 por cento, a 2.602 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
caiu 0,69 dólar, ou 0,77 por cento, a 88,69 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, recuava, oferecendo rendimento de 3,1371
por cento ante 2,929 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Reportagem de Paula Arend Laier; Edição de Vanessa
Stelzer)

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