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PANORAMA1-Alta do IOF local divide atenção com balanços nos EUA

SÃO PAULO, 19 de outubro (Reuters) - Investidores do mercado brasileiro devem repercutir nesta sessão a decisão do governo brasileiro de elevar novamente o IOF sobre aplicações estrangeiras em renda fixa, incluindo também o mercado de derivativos. A fim de intensificar esforços para abrandar a valorização do real, a medida anunciada no final da segunda-feira […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2010 às 07h12.

SÃO PAULO, 19 de outubro (Reuters) - Investidores do
mercado brasileiro devem repercutir nesta sessão a decisão do
governo brasileiro de elevar novamente o IOF sobre aplicações
estrangeiras em renda fixa, incluindo também o mercado de
derivativos.

A fim de intensificar esforços para abrandar a valorização
do real, a medida anunciada no final da segunda-feira elevou o
IOF em aplicações externas em renda fixa de 4 para 6 por cento
e aumentou de 0,38 para 6 por cento a alíquota do IOF que
incide sobre as operações de câmbio efetuadas por estrangeiro
para ingresso de valores destinados a margens de garantias
exigidas no segmento de derivativos [ID:nN19101855].

A decisão do governo pode encontrar suporte no mercado
internacional nesta terça-feira, em termos de efeito nas
operações locais, uma vez que o dólar valoriza-se globalmente,
com investidores realizando lucros sobre outras moedas. O
movimento, porém, também é avaliado como temporário, uma vez
que se espera nova rodada de "quantitative easing" a ser
promovida pelo Federal Reserve, o que pressionaria a divisa
norte-americana para baixo.

Pela manhã, o dólar apreciava-se 0,44 por cento ante uma
cesta com as principais divisas globais. Ante o iene,
verificava acréscimo de 0,15 por cento, a 81,40 ienes. O euro
recuava 0,05 por cento, a 1,3940 dólar.

Parte da recuperação do dólar encontrava suporte em
comentários da véspera do secretário do Tesouro dos Estados
Unidos, Timothy Geithner, de que o país não deixará o dólar se
depreciar por vantagens no comércio exterior, afirmando que
nenhum país pode enfraquecer sua moeda para ganhar saúde
econômica.

Nesse cenário, o petróleo recuava 0,39 por cento, a 82,76
dólares o barril, nas operações eletrônicas em Nova York.

Nos mercados acionários, os principais índices oscilavam
com variações discretas, sem uma tendência definida. O índice
MSCI para ações globais cedia 0,17 por cento,
enquanto o para ações emergentes recuava 0,24 por
cento.

Em Tóquio, o Nikkei encerrou com alta de 0,43 por
cento, ainda sob influência da reação em Wall Street na véspera
ao resultado do Citigroup. Da mesma forma, o índice da bolsa de
Xangai avançou 1,58 por cento, fechando na máxima em
quase seis meses, com ganhos em ações de carvão e energia
renovável.

Na Europa, os pregões abandonavam o viés negativo e o
índice FTSEurofirst 300 subia 0,06 por cento, com a
recuperação dos papéis do setor bancário antes do resultado de
instituições financeiras norte-americanas.

Os futuros acionários nos EUA, contudo, ainda apontavam
para uma abertura negativa, em razão da decepção com alguns
componentes do resultado da Apple.

Nesta sessão, leve em dados, apenas com números sobre
construções de moradias, a safra de balanços é o destaque com
Goldman Sachs, Bank of America, Yahoo, Coca-Cola e Johnson &
Johnson, entre outros.

Também devem ser monitorados os discursos de autoridades do
Fed nesta terça-feira, incluindo o chairman Ben Bernanke, o
presidente do Fed de Nova York, William Dudley, e do Fed de
Dallas, Richard Fisher.

No Brasil, a pauta inclui dados de emprego formal,
arrecadação federal e também o início da reunião de dois dias
do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

Para ver a agenda do dia, clique [ID:nN18277357]

Veja como terminaram os principais mercados na
segunda-feira:

CÂMBIO

Veja também

O dólar fechou a 1,666 real, estável em relação ao
fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa caiu 0,1 por cento, a 71.735 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 11,6 bilhões de reais, inflado pelo
exercício de opções.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros subiu 0,3 por
cento, a 36.613 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2011 apontava 11,28 por cento ao ano no
call das 16h, ante 11,22 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3968 dólar, ante
1,3976 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, caía para 140,06 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,197 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil subia 9 pontos, a 181 pontos-básicos. O
EMBI+ avançava 6 pontos, a 253 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones ganhou 0,7 por cento, a 11.143
pontos, o S&P 500 teve apreciação de 0,7 por cento, a
1.184 pontos. O Nasdaq Composite subiu 0,5 por cento,
aos 2.480 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
subiu 1,83 dólar, a 83,08 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, avançava, oferecendo rendimento de 2,509
por cento ante 2,567 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Por Paula Arend Laier; Edição de Vanessa Stelzer)

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