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Os investidores que mais ganharam com ações do Facebook, mesmo fora da bolsa

Papéis da rede social negociam em mercados alternativos e impressionam com a expressiva valorização

Especialistas ainda veem potencial de crescimento para o Facebook em países como a China (Reprodução/Facebook)
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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2011 às 08h12.

São Paulo – Mesmo fora de uma bolsa tradicional, as ações da rede social Facebook já fazem a alegria de muitos investidores. O sorriso no rosto é ainda maior para aqueles que compraram participações há anos e, agora com a euforia em torno da empresa de Mark Zuckerberg, já veem o capital investido duplicar, triplicar ou até quintuplicar.

A forte alta dos papéis da empresa e os investimentos recentes levaram a companhia a um valor de mercado próximo a 50 bilhões de dólares, à frente do Yahoo! (21,8 bi de dólares) e do eBay (37,5 bilhões de dólares). O primeiro investidor do Facebook foi Peter Thiel. Conhecido por apostar em companhias no início do desenvolvimento no Vale do Silício, berço de inúmeras empresas de tecnologia nos EUA, Thiel aplicou 500 mil dólares por 10,2% da empresa.

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A Accel Partners foi a primeira venture capital a investir na companhia. Liderada por Kevin Efrusy, a empresa comprou uma fatia de 12,7 milhões de dólares em 2005, quando a rede social tinha apenas 2,8 milhões de usuários, menos de 1% do total visto hoje. Em 2007, a Microsoft comprou 1,6% do Facebook por 240 milhões de dólares. O valor de mercado, à época, era de 15 bilhões de dólares.

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InvestidorDataInicialAtual
Peter Thiel2003US$ 500 milUS$ 2,6 bi
Accel2005US$ 12,7 miUS$ 6,4 bi
Microsoft2007US$ 240 miUS$ 800 mi
Digital Sky2009US$ 200 miUS$ 1 bi
Fonte: Bloomberg

A Digital Sky, do investidor russo Yuri Milner, investiu 200 milhões de dólares no Facebook em maio de 2009, quando a empresa valia 10 bilhões de dólares. Desde então, a Digital Sky adquiriu ainda mais ações dos empregados do Facebook. A empresa aplicou ainda outros 50 milhões de dólares em conjunto com o Goldman Sachs nesta semana.

O Goldman Sachs foi o último. O banco anunciou o investimento de 450 milhões de dólares, levando o Facebook a um valor de mercado de 50 bilhões de dólares. Além disso, o banco ainda espera lucrar com a montagem de um veículo especial de investimentos de até 1,5 bilhão de dólares para permitir que os seus investidores possam aplicar na rede social.

Números publicados recentemente pela Nyppex, uma empresa de consultoria para compradores e vendedores de ações privadas, mostram que os papéis do Facebook subiram 56,1% desde junho até dezembro. Cotadas a 18,54 dólares, as ações já avaliavam a empresa em 41 bilhões de dólares.

A SEC (Securities and Exchange Commission), a CVM americana, já está de olho nas negociações das empresas de internet no mercado secundário. Segundo a legislação, uma empresa com mais de 499 acionistas precisa abrir ao público as suas demonstrações finaneiras. Zuckerberg, por enquanto, não tem dado pistas sobre um IPO no curto prazo. Agora, com a injeção de capital do Goldman Sachs, a expectativa é de que a aguardada oferta de ações fique ainda mais distante.

Leia mais: Redes Sociais e o medo de uma nova bolha da internet

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