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Operadora de bolsas nos EUA usa delação contra manipuladores

Uma das três maiores operadoras de bolsas de valores dos EUA quer que os corretores comecem a delatar seus colegas quando suspeitarem de manipulação de mercado

Mercado financeiro: empresa administra cerca de um quinto das negociações de ações do país (Jin Lee/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2016 às 17h26.

A Bats Global Markets, uma das três maiores operadoras de bolsas de valores dos EUA, quer que os corretores comecem a delatar seus colegas quando suspeitarem de manipulação de mercado.

Por meio de uma nova iniciativa que se compara a um sistema de vigilância de bairro, a Bats incentivará os corretores a relatarem cotações de preços e negociações suspeitas em seus mercados de ações e opções dos EUA.

A empresa administra cerca de um quinto das negociações de ações do país.

“Podemos ajudar a deter parte desse comportamento nefasto e direcionar melhor nossas investigações”, disse Tami Schademann, diretora de regulação da Bats, acrescentando que a manipulação é rara em seus mercados.

A Bats está adotando uma postura cada vez mais agressiva para eliminar o spoofing, uma forma de manipulação de mercado que ficou famosa no ano passado com a prisão de Navinder Singh Sarao, acusado pelo governo dos EUA de agravar o chamado ‘flash crash’ de 2010.

Os órgãos reguladores aprovaram uma nova norma da Bats neste ano que permite que a operadora de bolsas aja mais rapidamente ao identificar transações problemáticas.

O CEO Chris Concannon disse recentemente que a Bats intensificaria os esforços para eliminar trapaças, pontuando que os manipuladores estão “acessando nossos mercados a partir do exterior”, segundo uma carta pública de maio. “Esperem mais vigilância do que nunca!”.

Os reguladores do mercado também expressaram temor em relação à entrada de transações problemáticas vindas do exterior nos mercados dos EUA, com corretoras domésticas atuando como porta de entrada.

Em 2014, a Wedbush Securities pagou US$ 2,44 milhões à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) pelo arquivamento das acusações de que serviu como porta de entrada para milhares de traders “essencialmente anônimos” do exterior aos mercados dos EUA.

Em 2012, o órgão regulador multou a Hold Brothers On-Line Investment Services e três executivos em US$ 4 milhões por permitirem a entrada nos EUA de ordens de manipulação de afiliados estrangeiros.

A Bats não pagará pelas denúncias dos corretores e o programa não é completamente novo. A Bats já recebe dicas de corretores, mas quer mais, disse Schademann.

Operadoras de bolsas como a Bats trabalham com a Autoridade Reguladora da Indústria Financeira dos EUA (Finra, na sigla em inglês) para monitorar os mercados em busca de negociações suspeitas.

A Finra pode investigar e adotar medidas contra seus membros e também pode envolver a SEC.

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A Bats Global Markets, uma das três maiores operadoras de bolsas de valores dos EUA, quer que os corretores comecem a delatar seus colegas quando suspeitarem de manipulação de mercado.

Por meio de uma nova iniciativa que se compara a um sistema de vigilância de bairro, a Bats incentivará os corretores a relatarem cotações de preços e negociações suspeitas em seus mercados de ações e opções dos EUA.

A empresa administra cerca de um quinto das negociações de ações do país.

“Podemos ajudar a deter parte desse comportamento nefasto e direcionar melhor nossas investigações”, disse Tami Schademann, diretora de regulação da Bats, acrescentando que a manipulação é rara em seus mercados.

A Bats está adotando uma postura cada vez mais agressiva para eliminar o spoofing, uma forma de manipulação de mercado que ficou famosa no ano passado com a prisão de Navinder Singh Sarao, acusado pelo governo dos EUA de agravar o chamado ‘flash crash’ de 2010.

Os órgãos reguladores aprovaram uma nova norma da Bats neste ano que permite que a operadora de bolsas aja mais rapidamente ao identificar transações problemáticas.

O CEO Chris Concannon disse recentemente que a Bats intensificaria os esforços para eliminar trapaças, pontuando que os manipuladores estão “acessando nossos mercados a partir do exterior”, segundo uma carta pública de maio. “Esperem mais vigilância do que nunca!”.

Os reguladores do mercado também expressaram temor em relação à entrada de transações problemáticas vindas do exterior nos mercados dos EUA, com corretoras domésticas atuando como porta de entrada.

Em 2014, a Wedbush Securities pagou US$ 2,44 milhões à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) pelo arquivamento das acusações de que serviu como porta de entrada para milhares de traders “essencialmente anônimos” do exterior aos mercados dos EUA.

Em 2012, o órgão regulador multou a Hold Brothers On-Line Investment Services e três executivos em US$ 4 milhões por permitirem a entrada nos EUA de ordens de manipulação de afiliados estrangeiros.

A Bats não pagará pelas denúncias dos corretores e o programa não é completamente novo. A Bats já recebe dicas de corretores, mas quer mais, disse Schademann.

Operadoras de bolsas como a Bats trabalham com a Autoridade Reguladora da Indústria Financeira dos EUA (Finra, na sigla em inglês) para monitorar os mercados em busca de negociações suspeitas.

A Finra pode investigar e adotar medidas contra seus membros e também pode envolver a SEC.

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